segunda-feira, 29 de agosto de 2016

           Hoje completa uma semana que estou em Aveiro e embora pareça pouco tempo, aconteceram muitas coisas. Muitas descobertas, olhar...

1a. Semana Em Aveiro

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          Hoje completa uma semana que estou em Aveiro e embora pareça pouco tempo, aconteceram muitas coisas. Muitas descobertas, olhares atentos, observações interessantes. Saí de Campinas na tarde de domingo do dia 21 de agosto e cheguei à Lisboa na manhã do dia 22, um aeroporto grandioso e uma fila da imigração gigantesca. Ao contrário do que poderia parecer aquela fila, longe de me chatear, me deixou deslumbrado. 
Toda aquela gente falando idiomas diferentes bem perto de mim foi uma rica experiência. Passei pela fila da imigração sem nenhuma pergunta pelo oficial da polícia local. Bom dia, ele me disse em um tom profissional, o mostrei o meu passaporte, ele revisou no seu sistema, me devolveu e eu parti. Caminhei um longo percurso e busquei a minha mala, com minha mochila, minha mala de mão e mala de rodinha, parti para a saída do aeroporto. O sol estava lá como me dizendo, seja bem-vindo a Portugal, a sua nova casa. 
Busquei informações sobre como devia chegar à rodoviária, comprei um chip local e tomei um ônibus – autocarro, como dizem aqui. Foram os primeiros euros gastos depois da passagem: 10 pelo chip e 3,50 euros pelo bilhete até a rodoviária. Chegando lá, comprei uma passagem para Aveiro, esperei uma hora e meia até o autocarro chegar à plataforma (mais um nome diferente – linha) e tomei minha viatura – não fui preso, esse é só outro nome para o ônibus. Foi uma viagem de três horas e meia em um banco de couro, com a comodidade do ar-condicionado e wi-fi.
Cheguei em Aveiro por volta das 14h, a Júlia estava me esperando e fomos até a Universidade para pegar a chave do alojamento. A caminhada pareceu longa, pois eu estava cansado da viagem, carregava as malas e subia e descia as ruas de pedra. A paisagem ainda a ser descoberta compensava o desconforto. Foi lindo, o céu azul, o sol forte, o vento frio que mantinha a temperatura agradável não deixando que eu sentisse muito calor. 
Fui à reitoria e um recepcionista muito atencioso me atendeu. Ele me entregou a chave e buscou o endereço no Google para me mostrar onde eu iria morar. Fiz minha primeira ligação com os créditos do chip local e chamei facilmente um táxi. O automóvel chegou à reitoria e sem dificuldades chegamos ao alojamento, distante 20 minutos a pé da Universidade e cinco minutos de carro.
Subi, deixei as malas, e fomos almoçar. Estava faminto e deslumbrado, Aveiro é linda, uma cidade cortada por canais, com moliceiros, nome que se dá ao barco e a quem o conduz, por toda a parte turística. Moro agora no final da ria, do canal. Há um parque em que as pessoas jogam futebol e basquete, há um hotel grande e uma fábrica de cerâmica, além de um supermercado. A vista é adorável, com árvores frondosas e ar refrescante.
Comemos em um restaurante próximo à praça do peixe, ao lado da biblioteca municipal. A praça é um lugar cheio de vielas que convergem para um espaço gigante que abrange o mercado do peixe, um restaurante chique acima e embaixo, nos finais de semana, uma feira de antiguidades. Pedimos um bacalhau e um lombo, meia porção de cada ou como dizem por aqui, meia dose. Experimentei o bacalhau da Júlia e comi o meu porco. Saímos do restaurante e fomos pra casa.
Nesse dia encontrei uma amiga minha, havíamos combinado de nos encontrar em Aveiro no dia 22. Ela aceitou um convite para jantar em minha nova casa. Voltei ao alojamento, fiz uma listinha de compras e fui ao Pingo Doce, o supermercado mais próximo. Comprei macarrão, tomates, temperos, um vinho e parti para casa, enquanto eles chegavam, a Luiza e seu namorado Miguel. 
O vinho aqui é muito barato, algo entre 1 a 5 euros a garrafa, logicamente eu comprei o de um euro e fiquei muito feliz por isso. Fiz o macarrão enquanto tomávamos vinho. Os convidados chegaram, foi uma festa. Fazia anos que eu não a via e foi muito divertido, ela me apresentou o Miguel, que é português e mora em Porto, uma hora de trem de Aveiro. Começamos a conversar enquanto eu cozinhava. Comemos todo o macarrão e terminamos as garrafas de vinhos – eles também trouxeram as suas. Jantamos eu, Júlia, Luiza, Miguel e o Leonardo (que agora já chamo pelo apelido Léo) – outro estudante brasileiro, que irá cursar Oceanografia, Ciências do mar aqui, com quem divido o quarto.
A Luiza e o Miguel foram para o hostel onde estavam instalados, a Júlia partiu com eles para o alojamento dela, que fica dentro da Universidade, e eu fui dormir. Terminou o meu primeiro dia em Aveiro. Foi um dia incrível.
Eu estou muito feliz de estar aqui e poder contar essa história para vocês. As aulas ainda não começaram. Ainda bem, porque isso me deu oportunidade de explorar Aveiro. Já sei como chegar à universidade a pé, como pegar emprestada uma bicicleta se precisar ir mais rápido, conheço os dois shoppings, o arredor de casa, a estação de trem (comboio, outra palavra nova) experimentei ovos moles, um doce típico de Aveiro. Aprendi também como os portugueses falam outros termos, legal, por exemplo, é “fixe”, bonito é “giro”, e se você quiser perguntar se alguém entendeu algo, opte pelo verbo “perceber”.
Fui a Porto, mas vou deixar essa história para outra postagem.  Deixo registradas nesse primeiro post, direto de Portugal, as impressões superficiais da primeira semana. Espero que tenham gostado e viajado nessa história. 
Até logo.

Segue o link das fotos que eu tirei durante essa semana.


Vídeo 1 = Apresentando a Universidade de Aveiro (UA) em 11 segundos.

Vídeo 2 = Passeio de bicicleta pela UA.

Vídeo 3 = Término do passeio de bicicleta pela UA.

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