Hoje
completa uma semana que estou em Aveiro e embora pareça pouco tempo,
aconteceram muitas coisas. Muitas descobertas, olhares atentos, observações
interessantes. Saí
de Campinas na tarde de domingo do dia 21 de agosto e cheguei à Lisboa na manhã
do dia 22, um aeroporto grandioso e uma fila da imigração gigantesca. Ao
contrário do que poderia parecer aquela fila, longe de me chatear, me deixou
deslumbrado.
Toda aquela gente falando idiomas diferentes bem perto de mim foi
uma rica experiência. Passei pela fila da imigração sem nenhuma pergunta pelo
oficial da polícia local. Bom dia, ele me disse em um tom profissional, o
mostrei o meu passaporte, ele revisou no seu sistema, me devolveu e eu parti.
Caminhei um longo percurso e busquei a minha mala, com minha mochila, minha
mala de mão e mala de rodinha, parti para a saída do aeroporto. O sol estava lá
como me dizendo, seja bem-vindo a Portugal, a sua nova casa.
Busquei
informações sobre como devia chegar à rodoviária, comprei um chip local e tomei
um ônibus – autocarro, como dizem aqui. Foram os primeiros euros gastos depois
da passagem: 10 pelo chip e 3,50 euros pelo bilhete até a rodoviária. Chegando lá, comprei uma passagem para
Aveiro, esperei uma hora e meia até o autocarro chegar à plataforma (mais um
nome diferente – linha) e tomei minha viatura – não fui preso, esse é só outro
nome para o ônibus. Foi uma viagem de três horas e meia em um banco de couro, com
a comodidade do ar-condicionado e wi-fi.
Cheguei em Aveiro por volta das 14h, a Júlia
estava me esperando e fomos até a Universidade para pegar a chave do
alojamento. A caminhada pareceu longa, pois eu estava cansado da viagem, carregava
as malas e subia e descia as ruas de pedra. A paisagem ainda a ser descoberta
compensava o desconforto. Foi lindo, o céu azul, o sol forte, o vento frio que
mantinha a temperatura agradável não deixando que eu sentisse muito calor.
Fui à
reitoria e um recepcionista muito atencioso me atendeu. Ele me entregou a chave
e buscou o endereço no Google para me mostrar onde eu iria morar. Fiz minha
primeira ligação com os créditos do chip local e chamei facilmente um táxi. O
automóvel chegou à reitoria e sem dificuldades chegamos ao alojamento, distante
20 minutos a pé da Universidade e cinco minutos de carro.
Subi, deixei as malas, e fomos almoçar. Estava faminto e deslumbrado, Aveiro é linda, uma cidade cortada por canais, com moliceiros, nome que se dá ao barco e a quem o conduz, por toda a parte turística. Moro agora no final da ria, do canal. Há um parque em que as pessoas jogam futebol e basquete, há um hotel grande e uma fábrica de cerâmica, além de um supermercado. A vista é adorável, com árvores frondosas e ar refrescante.
Subi, deixei as malas, e fomos almoçar. Estava faminto e deslumbrado, Aveiro é linda, uma cidade cortada por canais, com moliceiros, nome que se dá ao barco e a quem o conduz, por toda a parte turística. Moro agora no final da ria, do canal. Há um parque em que as pessoas jogam futebol e basquete, há um hotel grande e uma fábrica de cerâmica, além de um supermercado. A vista é adorável, com árvores frondosas e ar refrescante.
Comemos em um restaurante próximo à praça do
peixe, ao lado da biblioteca municipal. A praça é um lugar cheio de vielas que
convergem para um espaço gigante que abrange o mercado do peixe, um restaurante
chique acima e embaixo, nos finais de semana, uma feira de antiguidades.
Pedimos um bacalhau e um lombo, meia porção de cada ou como dizem por aqui, meia
dose. Experimentei o bacalhau da Júlia e comi o meu porco. Saímos do
restaurante e fomos pra casa.
Nesse dia encontrei uma amiga minha, havíamos combinado de nos encontrar em Aveiro no
dia 22. Ela aceitou um convite para jantar em minha nova casa. Voltei
ao alojamento, fiz uma listinha de compras e fui ao Pingo Doce, o supermercado mais
próximo. Comprei macarrão, tomates, temperos, um vinho e parti para casa,
enquanto eles chegavam, a Luiza e seu namorado Miguel.
O vinho aqui é muito
barato, algo entre 1 a 5 euros a garrafa, logicamente eu comprei o de um euro e
fiquei muito feliz por isso. Fiz o macarrão enquanto tomávamos vinho. Os
convidados chegaram, foi uma festa. Fazia anos que eu não a via e foi muito
divertido, ela me apresentou o Miguel, que é português e mora em Porto, uma
hora de trem de Aveiro. Começamos a conversar enquanto eu cozinhava. Comemos todo
o macarrão e terminamos as garrafas de vinhos – eles também trouxeram as suas. Jantamos
eu, Júlia, Luiza, Miguel e o Leonardo (que agora já chamo pelo apelido Léo) – outro
estudante brasileiro, que irá cursar Oceanografia, Ciências do mar aqui, com
quem divido o quarto.
A Luiza e o Miguel foram para o hostel onde
estavam instalados, a Júlia partiu com eles para o alojamento dela, que fica
dentro da Universidade, e eu fui dormir. Terminou o meu primeiro dia em Aveiro.
Foi um dia incrível.
Eu estou muito feliz de estar aqui e poder
contar essa história para vocês. As aulas ainda não começaram. Ainda bem, porque
isso me deu oportunidade de explorar Aveiro. Já sei como chegar à universidade
a pé, como pegar emprestada uma bicicleta se precisar ir mais rápido, conheço
os dois shoppings, o arredor de casa, a estação de trem (comboio, outra palavra
nova) experimentei ovos moles, um doce típico de Aveiro. Aprendi também como os
portugueses falam outros termos, legal, por exemplo, é “fixe”, bonito é “giro”,
e se você quiser perguntar se alguém entendeu algo, opte pelo verbo “perceber”.
Fui a Porto, mas vou deixar essa história
para outra postagem. Deixo registradas
nesse primeiro post, direto de Portugal, as impressões superficiais da primeira
semana. Espero que tenham gostado e viajado nessa história.
Até logo.
Vídeo 1 = Apresentando a Universidade de Aveiro (UA) em 11 segundos.Vídeo 2 = Passeio de bicicleta pela UA.
Vídeo 3 = Término do passeio de bicicleta pela UA.
Nenhum comentário :
Postar um comentário