Era o penúltimo
dia de agosto, perguntei a Júlia se ela gostaria de visitar Coimbra. Ela
aceitou e fomos. Partimos sob um céu azul e um dia mais quente que o anterior.
Diferente de Porto, tomamos a direção oposta na linha do comboio.
Mais uma vez vi
muitas plantações de milho e extensos terrenos vazios. Próxima paragem... Oiã,
Oliveira do Bairro... tão bom estar no comboio, seria melhor se pudéssemos abrir
as janelas, sentir o ar fresco no rosto enquanto me imaginasse voando.
Essa
viagem foi mais habitual, pois já estou me acostumando à paisagem e pudemos
conversar mais. Fui repreendido que na viagem anterior eu só ficava anotando no
caderninho e não interagia, portanto essa viagem foi mais comunicativa, demos
risada, falamos sobre os vídeos engraçados da Porta dos Fundos. São interessantes
os nomes das paragens, Mogofones, Curia, Mealhada. Assim como Porto, Coimbra
tem duas estações, Coimbra B que vem antes e Coimbra onde descemos.
A estação de
Coimbra é pequena, só havia dois trilhos. Chegamos famintos e fomos buscar um
lugar para almoçar, encontramos em um beco de pedras e casas altas um
restaurante que oferecia um almoço por 6 euros. O serenata é o nome do restaurante,
próximo a estação. Ali tivemos um almoço tranquilo por um preço acessível. Sopa
e pão, carne ou peixe, vinho ou sumo, e para finalizar um café, ficamos aí. Um
lugar aconchegante, com parede de pedras e pratos decorativos, uma janela e uma
porta de madeira bonita e um senhor simpático nos veio atender.
Fomos visitar à Universidade de Coimbra e descobrimos que há pacotes turísticos de visita a
escolher, ou seja, você é apresentado a alguns pacotes e escolhe o que quer
visitar, paga um valor estipulado e vai conhecer. Escolhemos visitar o Paço das
Escolas, que incluía Capela de S. Miguel e a Biblioteca Joanina, e subimos na
torre, esse pacote custa 10 euros.
O Paço das
escolas erguido no final do século X foi em tempos o Paço Real da Alcáçova
(residência fortificada ou cidadela construída num dos pontos culminantes da
colina), carregado de simbolismo pela presença do poder político, passa também
a simbolizar o poder da cultura e do conhecimento. Esse é um pátio muito grande
onde está a Estátua de D. João III.
É quase
impossível escrever superficialmente em uma só postagem tantas coisas
interessantes que a Universidade pode proporcionar. O que ajuda muito é um guia
informativo sobre a Universidade, que depois você fica de boca aberta com tanta
história.
A Biblioteca
Joanina, inicialmente “Casa da Livraria”, a sua construção foi iniciada em
1717, sob encomenda do rei D. João V (daí a sua designação “joanina”). Só para falar uma coisa, dessa imensidão de
informação, menciono os tetos da biblioteca, que são 3. Teto 1 (entrada), teto 2
(central) e teto 3 (junto ao quadro), cada um com suas particularidades, são
belíssimos.
A Torre
edificada entre 1728 e 1733, foi projetada pelo arquiteto romano António
Cannevari para substituir a anterior seiscentista (João de Ruão, 1561). A torre
aloja os sinos que regulam o funcionamento ritual da Universidade, sendo o mais
conhecido “a Cabra”.
Por fim, há a
Sala do Exame Privado, Órgão da Capela, Portal Manuelino da Capela de S. Miguel,
a Insígnia da Universidade, Via latina e muitas outras atrações que deslumbram
os olhos e você se perde em meio a tanta informação, dá vontade de ver tudo e
saber de tudo, mas o tempo é curto.
Conhecemos a
faculdade de letras, uma escadaria nos leva até a recepção que ao entrar, do
lado direito há uma pintura gigantesca, mas nada para visitar, além disso, ao
menos foi o que nos informou a senhora que estava ali, na recepção.
Depois dessa
visita voltamos para a estação de comboio e em seguida para a casa, cansados e
satisfeitos com esse dia tão cheio de descobertas.
Segue o link das fotos em Coimbra.
Vídeo 1: Indo à Universidade de Coimbra, subindo o Morro.
Vídeo 2: Continua subindo – Rio Mondego que banha a cidade
de Coimbra.
Vídeo 3: Explicando o
caminho, a ladeira e a facada.
Vídeo 4: Na Universidade de Coimbra, vista de cima.
Vídeo 5: Um giro no Paço das Escolas
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