quarta-feira, 23 de novembro de 2016

Sob uma manhã ensolarada, de céu azul e com poucas nuvens brancas cheguei à Universidade, ansioso, tenso e preocupado. Sintomas caracte...


Sob uma manhã ensolarada, de céu azul e com poucas nuvens brancas cheguei à Universidade, ansioso, tenso e preocupado. Sintomas característicos de um aluno que apresentará o seu trabalho com os colegas e para uma turma do mestrado.  Como dito em postagens anteriores, nós do PLI, estamos na Universidade de Aveiro fazendo disciplinas isoladas e embora eu esteja na licenciatura, a disciplina de Literatura Infanto-juvenil é do mestrado.

A sala estava mais lotada do que o costume, apareceram pessoas que não estou acostumado a ver pelas manhãs de quarta-feira e isso foi interessante de observar. Organizamo-nos com o computador, visualizamos a apresentação, o vídeo, estava tudo em ordem, a não ser o cabo de transmissão, que no nosso computador não entrava e não tínhamos adaptador. Gelei! Bom, tudo tem uma solução se pensado serenamente. A Júlia havia trazido o seu computador e conectou o cabo, o projetor refletiu a nossa apresentação na tela, isso me proporcionou um sorriso aliviado.

Saudando as minhas colegas com um bom dia, um sorriso semirrígido e mãos inquietas, dei início a apresentação, na sequência falou Giuliano e Júlia finalizou. Ao passo que cada um de nós íamos falando eu observava a atenção nos olhos das meninas, elas anotavam, mexiam a cabeça em sinal de afirmação e esse clima foi tão importante para gerar em nós um acolhimento muito especial. Estávamos falando algo importante para todos nós, pois era nítido que a cada slide novo o interesse era demostrado por meio de um silêncio sugerindo expectativa. A professora, ao fundo, ora registrava seus apontamentos, ora nos observava. A apresentação terminou, partimos para os comentários das colegas e da professora.

Com uma avaliação pormenorizada a professora foi introduzindo os feedbacks. Pontuou, foi certeira, estimulou e propôs melhorias. Identificou os pontos e de uma maneira clara e objetiva demonstrou mais uma vez o seu domínio nessa arte de ensinar. As minhas colegas fizeram observações importantes, nos ofereceram opções para melhorar o guião de leitura e foram gentis em suas argumentações.

Percebi nesse trabalho que os demais colegas se preocupam em interagir uns com os outros. Essa interação está no olhar, na observação e no cuidado de ajudar a fim, não só de ser auxiliado posteriormente, como também de contribuição mútua.

O trabalho terá uma próxima fase: em meados de dezembro entregaremos a versão escrita, melhorada com os apontamentos dos colegas e da professora. Essa flexibilidade que norteia nossas aulas nos faz livres para nos desenvolvermos sem a obrigação de acertar sempre, mas sim de estar em contínuo aprendizado.

A manhã teve ainda apresentações de outros grupos, todos com trabalhos muito bem elaborados. Ficou nítida a vontade dos alunos de fazer o melhor e buscar formas inovadoras de apresentar o conteúdo. Cada grupo desenvolveu uma maneira própria de atingir o que nos fora solicitado.


“Atenção ao texto, à língua, ao registro, ao jogo de palavras, à valorização do momento da leitura... [...]”. “Eu estou orgulhosa de vocês, fizeram um bom trabalho e fico feliz por isso”. Foi mais ou menos dessa forma que nossa professora finalizou a aula nessa manhã de quarta-feira. Esse pequeno discurso de encerramento dirigido aos grupos que se apresentaram me deixou muito feliz e ainda mais motivado. 

Trailer do filme: Miss Potter

terça-feira, 22 de novembro de 2016

Olá, pessoas. Escrevo em uma noite fria de outono enquanto o vento frio assola as bonitas ruas de Aveiro. O frio e a chuva estão se ...


Olá, pessoas.

Escrevo em uma noite fria de outono enquanto o vento frio assola as bonitas ruas de Aveiro. O frio e a chuva estão se tornando hábito por aqui e hoje estamos com nove graus, ainda não me acostumei com o frio, mas acredito que em breve isso passará. Comprei hoje um par de luvas no Forum, necessárias para voltar à casa de bicicleta e uma calça de moletom para colocar embaixo da calça jeans. Isso me lembrou a minha infância, a última vez que eu fiz isso foi no pré-escolar e de lá para cá se foram alguns anos.

A previsão do tempo para amanhã, às nove horas, é de sete graus. E por falar nisso, esse horário de bastante frio será importante para mim, visto que teremos uma apresentação para fazer na disciplina de Literatura Infanto-Juvenil. Essa apresentação conterá a análise do conto: “A história do Pedrito Coelho”, escrito e ilustrado pela inglesa Beatrix Potter e um Guião de Leitura: atividades relacionadas ao conto de pré-leitura, leitura e pós-leitura.

Pensando nas Atividades Acadêmico-Científico-Culturais – AACC, fui ao cinema na semana passada e gostaria de compartilhar com vocês sobre algumas diferenças entre os cinemas daqui e os de Uberaba e Campinas, cidades em que morei aí no Brasil. O cinema em Aveiro tem intervalo. Sim, no meio do filme, o filme para, as luzes se acendem e você fica com aquela cara surpresa: O que está acontecendo? Nada de mais, apenas um intervalo comum, depois de alguns minutos todos voltam e o filme recomeça. Os títulos dos filmes também são diferentes, eu já imaginava. O que eu assisti na última quinta-feira se chama: Monstros Fantásticos e Onde Encontrá-los, enquanto no Brasil o título do filme é: Animais Fantásticos e Onde Habitam. Deixo a vocês os dois links para os trailers do filme, são quase iguais, mas vale prestar atenção nos detalhes, tais como: o “Convida-vos a regressar” de Portugal e “Convida você a voltar” do Brasil, “bocadinho” de Portugal e “frestinha” do Brasil, ah, pequenos detalhes linguísticos.


No dia 9 de novembro fui ao show do Arnaldo Antunes no Teatro Aveirense, não tirei foto com ele, mas pedi que autografasse meu livro. Ele esteve em Portugal para lançar seu 16º disco, “Já É”, lançado no Brasil em 2015. O show foi muito bom, eu aproveitei para cantar as músicas conhecidas e esperei até o final, quando minutos depois, o artista recebeu as pessoas com sorrisos, atenção e abraços. Conversou com todos, eu o abracei, agradeci e pedi que, por favor, autografasse. Imagem é um livro que tem um poema do cantor brasileiro como fio condutor e ilustrações da também brasileira Yara Kono. Esse livro nos foi mostrado nas aulas de Literatura Infanto-Juvenil e quando eu vi que os dois eram brasileiros, fiquei orgulhoso. ♡

Sobre as fotos que ilustram essa postagem vocês podem pensar: porque o Angelo colocou uma foto de um manequim nessa montagem, ele continua maluco? Não, sim, bom, talvez, haha.... Eu coloquei as imagens para vocês terem uma ideia de como os manequins são vestidos por aqui, ou seja, muita roupa. Só para ter uma noção do frio.

Bom, é isso pessoal. Foi um prazer escrever para vocês, espero que tenham se divertido com o texto como eu me diverti ao relembrar os últimos acontecimentos e relatá-los.


Um abraço, até a próxima.

terça-feira, 15 de novembro de 2016

Era uma manhã de terça-feira, o sol estava brilhando forte e a minha aula começava às 10h. Acordei, levei as roupas de cama para lavar, me ...

Era uma manhã de terça-feira, o sol estava brilhando forte e a minha aula começava às 10h. Acordei, levei as roupas de cama para lavar, me preparei para ir à aula e fui buscar a minha bicicleta. Sempre a deixo nas escadas do estacionamento, destrancada.

Para minha surpresa ela não estava lá. Foi um impacto, algumas preocupações comuns me sondaram e imediatamente olhei no relógio, eram nove horas, precisava ir à aula, fui a pé.

Assisti à aula, voltei para casa para almoçar e decidi fazer um recado para o ladrão, pois acreditava que o tal morasse ali no meu prédio e talvez se sensibilizasse com o recado e me devolvesse.

Escrevi em uma folha sulfite o seguinte:



E com uma fita adesiva deixei as chaves pregadas no sulfite que colei na porta das escadas que dá acesso ao estacionamento. Voltei pra casa e continuei com a minha rotina.

Mais tarde, a Júlia me escreveu no Messenger do Facebook dizendo que tinha visto a minha bicicleta na Universidade e me perguntou, se por acaso, eu não a tinha esquecido lá. Eu, ainda duvidoso, pensei sobre e seguramente, segundos depois, respondi que não havia essa possibilidade, pois na noite anterior eu fiquei até às 22h na Universidade e voltei naquele frio cortante.

Ela me mandou uma foto, era a minha bicicleta. Decidi ir à Universidade imediatamente, assim poderíamos esperar o “ladrão” quando fosse recuperar a bicicleta e interrogá-lo.

Cheguei à Universidade por volta das 21h30 e ficamos ali, conversando, próximo a bicicleta, enquanto a olhávamos, quase sozinha. No estacionamento, passavam distintas pessoas e algumas delas buscavam as suas bicicletas, ao lado da minha. A cada aproximação crescia a ânsia de se aproximar-se, mas não era e esperávamos novamente.

Racionalmente decidimos que se até às 22h o meliante não aparecesse ficaríamos com aquela dúvida para sempre do que aconteceu, mas eu voltaria para a casa com a minha bicicleta.

Por volta das 22h uma chinesa apareceu e se encaminhou até o estacionamento das bicicletas e foi se acercando. A Júlia e eu nos olhamos imediatamente e dissemos: não é possível! Ao tocar as mãos no guidom da bicicleta nós dois a interrompemos.

Tentando parecer calmo, eu comecei, mais ou menos assim:

- Olá, tudo bem?
- Tudo bem - Ela me disse. E olhando para a Julia, exclamou: Júuuuuuulia.

Não sei quem mais ficou surpreso com essa exclamação.

- Ah, você conhece a Júlia? Eu tentei recuperar o diálogo.
- Sim, disse sorrindo.
- Ah, que bom. (Pensei e disse!)

Para encurtar esse texto, vou contar o final.

Ficamos a perguntar sobre como ela encontrou a bicicleta, se era dela, de quem era e por fim eu falei que a tal bicicleta era minha e que tinha pensado que a haviam roubado naquela manhã. Ela nos contou que um amigo tinha deixado uma bicicleta no meu bloco e que a emprestara. Como a minha bicicleta estava sem cadeado e tinha as características da bicicleta do seu amigo ela a tomou emprestado.

No final dessa história descobrimos que tudo não passou de um mal entendido, recuperei a minha bicicleta e voltamos para a casa conversando e dando muitas risadas. A chinesa mora no bloco 9 e eu no 6, temos amigos em comum, mas nunca havíamos conversado. Ela é uma moça muito simpática e inteligente, estuda português na Universidade de Aveiro e também está aqui fazendo intercâmbio.

Eu achei essa história tão interessante, pois do dia para a noite o que eu pensei de manhã, já era diferente à noite e tive de volta a minha companheira de rotina e ainda ganhei uma amiga.

Bom pessoal, é isso.

Espero que tenham gostado da história. Até a próxima semana. Abraços.

domingo, 6 de novembro de 2016

Hola, amigos. Les escribo para contarles como están las clases de español por aquí. Como saben hago la asignatura de español III y ...


Hola, amigos.

Les escribo para contarles como están las clases de español por aquí. Como saben hago la asignatura de español III y estamos aprendiendo los contenidos fonéticos y ortográficos como: Diptongos, triptongos e hiatos; Pronombres, adverbios y adjetivos interrogativos, así como también las principales reglas de acentuación y acento diacrítico.

Las clases son los lunes y los jueves por la tarde. Siempre iniciamos las clases corrigiendo los ejercicios anteriores que hicimos en la clase pasada y empezamos con el material que está en el “moodle” – plataforma de apoyo a los estudiantes.

Nuestras actividades que se realizan durante las clases son: ejercicios de contenidos gramaticales y léxicos, comprensión y expresión oral, además tendremos que leer un libro y ver un documental que serán usados para la evaluación.

Todos mis compañeros de clase hablan en español y nunca he escuchado la profesora hablar en portugués, a veces tengo dudas si habla el idioma. El acento es español europeo, un poco distinto a lo que estamos acostumbrados en Brasil con la profesora del primer período.

Lo que más me llamó la atención fue la participación de mis compañeros, ellos hablan siempre y contestan lo que la profesora pregunta, hasta hoy no he visto a nadie que recusó hablar en clase, sea por vergüenza o porque no han hecho el ejercicio.

Nuestra primera prueba será el 17 de noviembre, tendremos la evaluación de contenido lingüístico: gramaticales y léxicos, y oral: conversación sobre el documental “Documentos TV- Del podido alolvido”, de acuerdo a la leyenda del documental reflexionará sobre a “las secuelas psíquicas, físicas y económicas de la retirada de los deportistas que se dedicaron durante años a la alta competición. Una visión sobre el lado menos conocido tras el éxito deportivo”. También tendremos una conversación sobre el libro que hemos elegido. He elegido el libro Iacobus de la española Matilde Asensi.

Aprovecho para escribirles sobre el tema del libro, que terminé ayer de madrugada.
Iacobus de la escritora alicantina es un libro sobre caballeros de órdenes secretas, enigmas, sorpresas y nada tedioso. Confieso que cuando lo compré tuve un poco de miedo, pues son 381 páginas en puro español, a lo que no estoy acostumbrado y pensé que no iba a ser capaz de leerlo, pero me quedé sorprendido como si estuviera enamorado de él.

El libro es una narrativa histórica mezclada con muchos sentimientos, entre ellos los amores, de padre e hijo, de hombre y mujer y a Dios. Galcerán de Born es un, entre muchas cualidades, padre, hijo, fraile (caballero profeso de las órdenes militares), médico, mentiroso y con una espectacular inteligencia para resolver enigmas.  Ese protagonista vive muchas aventuras y cada página de lectura vives junto a él la magia, la agonía, la alegría y la belleza de las descripciones que nos ofrece Matilde Asensi.

En el inicio del libro sabrás que el fraile hospitalario, Galcerán de Born, escribe una crónica para registrar y para que se conozca su historia en el futuro. Así sabremos que se nos escribe, puede pasar lo que sea, no va a morir. Eso me gustó.

Leí el primer capítulo dos veces, marcando con amarillo las palabas que no entendía, pero pensé que si continuase la lectura, aunque no entendiera perfectamente palabra por palabra, no haría daño a la comprensión de la historia,  así fue y la lectura fluyó muy bien. 

Se puede reflexionar sobre muchas cosas en el libro, dentro ellas están la ganancia humana; materializada en forma de órdenes papeles y por la orden a la que estaba sometido el Perquisitore, Galcerán; los sentimientos parentales, amorosos y religiosos. Se descubren también palabras escritas en latín, gallego, italiano y eso es muy bueno.

Quisiera hablar mucho más, pero ahora no se me ocurre nada en especial, pero les prometo que pronto haré un resumen y subo al blog para que conozcan la historia desde mi punto de vista. Hablaré sobre los puntos que más me llamaron la atención y los compartiré con todos.

Acabo este texto con una frase, que se lo dice el sanjuanista:


“Durante los años que dediqué al estudio de la Qabalah, una de las cosas fundamentales que aprendí fue que un buen cabalista jamás se rinde ante los obstáculos y los problemas que se le plantean en sus pesquisas. Antes bien, acepta la existencia de dichas dificultades como otro aspecto más del aprendizaje y, una vez hecho esto, se encuentra en la actitud adecuada para percibir lo que debe ser cambiado.” (pág. 209).

Título: A Aldeia da Esperança Autores: Lourenço Macedo Santos, Maria da Paz Braga e Pedro Queirós Ilustrador: Pedro Benvindo Editor...

Título: A Aldeia da Esperança
Autores: Lourenço Macedo Santos, Maria da Paz Braga e Pedro Queirós
Ilustrador: Pedro Benvindo
Editora e Local de edição: Manuscrito, Lisboa.
Ano: 2016
ISBN: 978-989-8818-57-7
Palavras-chave: Terremoto, Solidariedade, Voluntariado, Nepal, Empatia, Altruísmo, Trabalho, Responsabilidade, Coragem.  
Áreas Temáticas: Livros em Português > Infantojuvenil > Livros Ludodidáticos > Infantil (6 a 10 anos)
Leitores preferenciais: Leitores iniciais

A Aldeia da Esperança” é um livro infantil altruísta escrito pelo brasileiro Lourenço Macedo Santos e pelos portugueses Pedro Queirós e Maria da Paz Braga, voluntários que empreenderam seu tempo e sua vida para ajudar a comunidade nepalesa assolada por um violento terremoto. A catástrofe, ocorrida em abril de 2015, deixou seu rastro devastador em vidas como a da jovem nepalesa Sinran que, com seus 13 anos, é narradora desta história de esperança e solidariedade. O livro, destinado preferencialmente a leitores iniciais, também traz mais informações sobre o terremoto por meio de um jogo de perguntas e repostas em seu final. As ilustrações, do português Pedro Benvindo, preenchem completamente as páginas e procuram orientar o leitor sobre cada fase da história. O terremoto é personificado em forma de um monstro construído por um giz de cera preto. Já o plano de fundo, que caracteriza a ambientação, remete à aquarela e os personagens revelam traços de lápis que podem denotar a ideia de criação infantil. Ocorre um diálogo entre ilustração e texto, promovendo a exploração de interpretação por parte do leitor. Os sentimentos de medo, desolação e tristeza são tratados explicitamente nas feições das personagens e, até ao final da história, vão se transformando em entusiasmo e esperança. É um livro que semea os princípios da solidariedade e da ajuda mútua promovendo a reflexão para leitores de qualquer idade.