quarta-feira, 21 de dezembro de 2016

Olá, pessoal. Soube hoje do falecimento do professor Bruno e imagino que vocês estão de luto, assim como a Universidade. Ele foi noss...

Olá, pessoal.

Soube hoje do falecimento do professor Bruno e imagino que vocês estão de luto, assim como a Universidade. Ele foi nosso professor o semestre passado e acredito que ainda esteja na memória de todos a sua paixão pela literatura e pelo ensino. Espero que Deus possa confortar a todos que sentem essa perda e em especial a sua família.

Hoje eu tive a última prova, Literatura Infantojuvenil. Foi uma prova que exigiu uma reflexão por parte de nós alunos. É natural se sentir inseguro quanto à avaliação, e eu me senti assim ao fazer essa prova. Ainda que eu acompanhe a maioria das aulas e tire dúvidas sempre fico com aquela sensação de: por que eu não escrevi mais? Por que não me lembrei disso ou daquilo na hora? Ah! Minha resposta está incompleta, será que a professora vai considerar? Acredito que essas indagações permeiam a mente de todos os estudantes ao fazer uma prova.

Foram cinco questões, uma de verdadeiro ou falso com dez afirmações para assinalar e quatro para refletir e discorrer sobre o assunto. Não foi surpresa o estilo da prova, mas me chamou atenção à maneira como foi preparada. Na primeira questão, a das afirmações, tratou-se de capturar o essencial do aprendizado. O que me deixou em dúvidas, pois sempre penso: É isso, mas não é só, então é verdadeiro ou falso? Também em outras eu pensava: isso é falso ou isso é verdadeiro, pois não dá para ser diferente. Espero que eu tenha me saído bem.

As demais questões, as de refletir e discorrer, ofereciam enxertos de textos que lemos. A última trouxe um conto na íntegra chamado: O veado florido do lisboeta, ou “alfacinha”, Antônio Torrado (1939). Conheci a obra desse autor por meio das aulas a respeito do texto dramático, encenado no teatro. De seus títulos, estudamos: A Raposa e o Corvo, O Trono do Rei Escamiro, Os 4 pés do Trono e o prefácio do livro: Teatro às três pancadas.

Aprendi que o texto dramático é diferente do teatro, pois o primeiro é complemento do segundo. O teatro é composto ainda por outros elementos, sendo o texto dramático apenas um deles. Um texto dramático tem didascália. Eu também não imaginava o que seria isso, mas aprendi que didascália refere-se às indicações do espaço, da luz, do cenário na representação teatral. Sobre esse tema a pergunta da prova era: “Dê conta, de forma breve, das principais tendências temáticas e formais do texto dramático para crianças publicado em Portugal nos últimos anos, refletindo sobre as razões que ajudam a explicar as dificuldades e os desafios que a sua abordagem em contexto de sala de aula colocam.” Quando eu li isso, pensei: - Meu Deus! E, em seguida, ouvi a professora dizer, faltam 20 minutos. Eu me desesperei, as minhas respostas estavam ainda todas no rascunho e faltava ainda ler o texto do “alfacinha” e também escrever.

A prova foi trabalhosa, mas muito interessante. Gostei muito do texto escolhido pela professora. Embora eu não escrevesse o quanto gostaria – estava tão nervoso – acredito que fiz o meu melhor. Creio que até o final da semana saberemos as notas. Também entregamos o trabalho e com isso fechamos a disciplina. 

A nossa nota, nessa matéria, é dividida em 25% para cada instrumento avaliativo. Temos a recensão crítica, o trabalho oral e escrito e a prova, compondo assim 100% da nota. Eu gostei dessa maneira de avaliação, pois não se concentra somente em um tipo avaliativo, mas temos diversos meios de alcançar à média. Ganha o professor, pois consegue avaliar de uma maneira mais completa e ganha o aluno pois consegue ficar menos tenso sabendo que 75% de sua nota já foi composta antes da prova.

Acredito ter mencionado em postagens anteriores que o meu estudo orientado é com a professora de Infantojuvenil e estou trabalhando com educação literária. Entreguei na semana passada a reflexão de dois textos e me faltam mais três. Nos comentários de minhas reflexões, a professora deixou um recado para que eu a lembrasse de me emprestar um livro para complementar minha leitura. Hoje, na hora da prova, ela me entregou o livro, e adivinhem? É um livro brasileiro. Leitura e Mediação – Reflexões sobre a Formação do professor, da professora Juliana Bertucci. O livro contém reflexões de várias pessoas, entre elas há docentes da UFTM: Professora Marinalva, Professora Fani, Professora Talita (Uberlândia), Professor Carlos, Professora Deolina, Professora Jauranice e Professora Maria Eunice. Eu achei isso o máximo!

A Universidade de Aveiro fará uma ceia natalina e convidou os alunos estrangeiros que não voltarão para suas casas. Sou voluntário na organização desse jantar e na sexta eu irei até lá para ajudar, a partir das 14h. Estou feliz por ajudar nesse evento, e participar do jantar. Percebo como são importantes ações como essas porque nos sentimos um pouco sozinhos nessa época do ano.

Bom pessoal, por hoje é só.

Um feliz natal e um próspero ano novo. Que 2017 seja um ano melhor para nós todos. Um grande abraço e até a próxima.

segunda-feira, 19 de dezembro de 2016

Olá, pessoal. Essa semana é a última de aulas e provas. Na semana passada tive prova de Língua Portuguesa I e prova oral de Espanhol ...

Olá, pessoal.

Essa semana é a última de aulas e provas. Na semana passada tive prova de Língua Portuguesa I e prova oral de Espanhol III, hoje pela manhã tive prova de Linguística Textual e na quarta-feira terei de Literatura Infanto-juvenil.

As aulas de inglês terminaram com uma apresentação que fiz com uma colega de sala. Apresentamos um pouco sobre a nossa cultura, eu falei um pouco de mim, sobre o Brasil, a faculdade, Minas Gerais e São Paulo, comidas típicas e hobbies. Minha colega Nelsy falou sobre a Venezuela e os mesmos temas.

As aulas de ioga também chegaram ao fim e voltaremos em janeiro, sem uma data definida por enquanto, pois o lugar onde praticamos está em obras. Acredito que em meados de janeiro receberei um e-mail avisando.

Sobre as provas, são longas! As notas saem no moodle, aquela ferramenta sobre a qual já comentei em postagens anteriores. Nós estudantes entramos, consultamos e baixamos textos e conteúdos disponibilizados pelos professores.

A prova de Língua Portuguesa I foi pesada, eu fiz o meu resumo de oito páginas, estudando direitinho e tive a sensação que não sabia nada, por incrível que possa parecer caíram coisas que eu não consegui contemplar nas minhas folhas de resumo.

A prova de espanhol foi tranquila. Cheguei à sala e a professora estava sozinha me esperando. Entrei e ela pediu que eu sentasse. Perguntou se podia começar e eu disse que sim. Ela colocou um gravador na minha frente e disse: - Você diz o seu nome e pode começar pelo documentário. Foi uma sensação tensa, mas comecei a falar e deu tudo certo. Falei sobre o documentário, a estrutura e os depoimentos. Ela também perguntou a minha opinião e em seguida disse: - Bom, podemos então falar sobre o livro. E continuei falando, levei os meus apontamentos e fui direcionando a conversa para evitar repetições e tentar falar ao máximo do que eu recordava. Ela fez algumas interrupções, observações e encerrou a prova. Durou uns 20 minutos, mas pra mim foi tão rápido. Saí da sala e voltei para casa. Estou aguardando a nota, a professora disse que antes do natal a saberei.

Já a prova de hoje, Linguística Textual, foi tranquila. Nada de surpresa, conteúdo que eu estudei, conteúdo que estudei, mas não caíram, enfim no geral foi tranquilo. Eu só perguntei para a professora o significado de um provérbio que não conhecia. Ela, então, explicou para todos os brasileiros. Porque não dava mesmo para atribuir sentido para aquela frase, sério! Mas foi de boa. Vou deixar aqui o conteúdo, só para vocês terem uma noção. A prova tinha umas cinco folhas. Cada folha com espaço para responder e a última questão tinha uma folha só para ela, para escrever o quanto conseguisse.

6. Texto científico;
6.1. Aspetos gráficos
6.2. Aspetos sintáticos
6.3. Aspetos lexicais; as terminologias
6.4 - Catácreses e analogias científicas
7 - Texto publicitário; 7.1 - Aspetos semânticos; 7.2 - Aspetos lexicais
7.3 - Aspetos sintáticos; 7.4 - Aspetos fonológicos
7.5 - Aspetos gráficos; 7.6. - Intertextualidade; 7.7 - Variação
8. Texto parémico (provérbio)
9 - Texto humorístico; 
9.1 - Estratégias linguísticas do humor
9.2 - Humor e implicaturas

Bom, foi isso! Agora vou preparar o meu resumo para Literatura Infanto-juvenil. O nosso trabalho escrito está quase finalizado, entregaremos na próxima quarta-feira, no dia da prova.


Um abraço, até logo.

segunda-feira, 12 de dezembro de 2016

Olá, pessoal. Estamos entrando na reta final do semestre e parece que é o momento mais estressante da faculdade, pois há muitas coi...


Olá, pessoal.

Estamos entrando na reta final do semestre e parece que é o momento mais estressante da faculdade, pois há muitas coisas por fazer: apresentações, trabalhos por concluir, resumos para preparar e provas para estudar.

Hoje eu tive uma apresentação de inglês às 18h. Na próxima quarta-feira às 15h30 tenho avaliação oral de espanhol, será sobre um documentário de aproximadamente uma hora chamado Del podio al olvido e também sobre a leitura do livro de 381 páginas da espanhola Matilde Asensi: Iacobus. Na sexta-feira tenho prova de Língua Portuguesa I e a quantidade de conteúdo é grande.

Por aqui faz um frio equilibrado, não é possível sair sem agasalho, mas não é um frio muito forte. As árvores perderam suas folhas, ainda que algumas persistam em seus galhos finos. Em Aveiro foi montada uma árvore de Natal grandiosa, eu li que é a maior árvore de Natal de Portugal, à beira da ria, ao lado do hotel Meliá.

Ontem enviei à minha professora parte dos meus estudos orientados, estou estudando educação literária e os textos são muito interessantes. Conheci a Literatura Infanto-juvenil pela disciplina que faço todas as manhãs de quarta-feira e estou gostando muito. Para mim, é uma das melhores disciplinas. Concluímos nesse final de semana o nosso trabalho escrito e agora iremos nos reunir: eu, a Júlia e o Giuliano, para revisar e fazer os ajustes necessários.

Gostaria de compartilhar com vocês um sentimento, imagino eu, comum a nós estudantes – às vezes pensamos que não vamos conseguir fazer tudo, ler tudo, tirar boas notas, mas não podemos desistir. Hoje eu estou um pouco desanimado, mas sei que é apenas uma fase, deve ser por essa toda carga de trabalho, uma saudade da família e dos amigos nessa época do ano, as leituras longas que fazemos e parece que não absorvemos nada. Mas sempre tenho uma visão otimista da vida e acredito que esse é o melhor caminho. Vai dar certo!

Bom, pessoal é isso!

Um abraço.

domingo, 4 de dezembro de 2016

Olá, pessoal. Escrevo a vocês para contar como foi essa semana. Na última quinta-feira foi feriado, Primeiro de dezembro ou Dia da R...

Olá, pessoal.

Escrevo a vocês para contar como foi essa semana. Na última quinta-feira foi feriado, Primeiro de dezembro ou Dia da Restauração, em Portugal e como eu também não tenho aula na sexta-feira planejei duas viagens com alguns amigos.

Parti na tarde do dia 25 de novembro para Valência, Espanha. Foi uma viagem bem tranquila. Peguei o comboio em Aveiro e desci no aeroporto, esperamos o voo e chegamos, na mesma noite, na terceira cidade mais populosa da Espanha. Visitei as ruas movimentadas e passeei pelas vielas estreitas admirando a beleza do lugar. Fui até A Cidade das Artes e das Ciências, um complexo arquitetônico e cultural da cidade. Um lugar gigante e muito bonito.

Cheguei a Paris, na França, na noite do dia 27 de novembro e encontrei uma cidade fria que me fez tirar da mala mais um agasalho. No aeroporto pegamos um comboio e fomos até a estação Charles de Gaulle – Étoile. Embora cansado, comemos um lanche próximo à estação, e resolvemos caminhar para aproveitar a noite. Todo tempo era pouco, pois a nossa estadia ali seria curta se comparado a todos os nossos planos de visita.


É notória a beleza desses lugares e a grandiosidade da arquitetura e dos monumentos. Tudo é muito grande, detalhado, cuidado. As pessoas andam rápido nas ruas e o trânsito, às vezes, é caótico. E ainda que as árvores gigantes possam bloquear um pouco a iluminação pública, por onde passei havia bastante luz.

Gostei muito de ir ao Museu da Língua, um lugar dedicado às línguas, à linguagem e à linguística. Você pode encontrar um mundo incrível nessa pequena casa, em uma esquina despretensiosa de Paris. Pode Também explorar a linguagem, os idiomas por meio de jogos interativos e pequenos vídeos. Todas as informações no museu estão em espanhol, chinês, inglês, francês, russo e esperanto. Ao contrário do Museu da Língua Portuguesa o Mundolíngua não é específico de um único idioma, é bem menor, mas não menos interessante e interativo.

É difícil escrever sobre tudo em detalhes, mas posso garantir que a cada visita, a cada caminhada pelas ruas parisienses eu cresci mais um pouco. Percebi como é diferente a cultura e a relação que os nativos têm com a sua língua. Quando estava em um café, me esforçava ao máximo por falar as poucas palavras que sei em francês e esse esforço era correspondido por um sorriso da pessoa que me atendia.  


O estereótipo de que os franceses não costumam ser muito corteses com quem não fala a língua é pertinente, mas as pessoas que me atenderam foram bem simpáticas. A paisagem e o clima também me chamaram a atenção, muito diferente do que estou acostumado. Pareciam paisagens de cartões postais. As folhas amarelas colorindo as gramas, o vento frio fazendo com que as mãos não saíssem dos bolsos do casaco, as pessoas com suas roupas pesadas e elegantes me deram uma felicidade que não posso descrever. 

Mas é preciso dizer que a realidade das ruas parisienses não é tão incrível assim. A desigualdade social é visível. Há mendigos e suas famílias nas calçadas, pedintes solicitando esmolas para aplacar a fome ou comprar um agasalho, metrô cheirando a urina e sendo abrigo para idosos, que dormem no chão. Isso é triste e real. Porém, apesar de ter visto essas cenas que me tocaram o coração, tive uma boa experiência nessa viagem e agora pude compartilhá-la com vocês. 

Bom, pessoal foi isso. Espero que tenham gostado. Até a próxima.
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