sexta-feira, 11 de agosto de 2017

Olá Pessoal. Escrevo para contar a vocês como foi a minha experiência no V Congresso Internacional de Literatura Infantil e Juvenil ,...

Olá Pessoal.

Escrevo para contar a vocês como foi a minha experiência no V Congresso Internacional de Literatura Infantil e Juvenil, decorrido na UNESP de 2 a 4 de agosto de 2017.

Cheguei a Presidente Prudente em uma manhã de terça-feira e fui muito bem recebido pelo meu querido amigo, que me hospedou durante esses dias e, gentilmente, me apresentou a cidade e seus amigos.

No primeiro dia de Congresso não houve a apresentação de trabalhos, iniciamos o credenciamento às 8h da manhã no Centro Cultural Matarazzo e posteriormente a abertura do evento. 

O que mais gostei nesse dia foi a mesa-redonda 1: Palavras Aladas: poesia e narração oral na escola. Essa mesa contou com dois professores apaixonados pela literatura, pois era nítido ver como falavam e nos despertavam um interesse imenso. A poesia ficou por conta do professor José Hélder Pinheiro (UFCG) e a narração pela professora Gilka Girardello (UFSC). E para deixar os participantes ainda mais motivados, tivemos um Sarau literário, às 19h30, com os mesmos professores no SESC Thermas, na qual Da letra à voz, da voz à alma atingiu cada um de nós finalizando brilhantemente o primeiro dia de evento.

No segundo dia aconteceram as apresentações de trabalhos e pôsteres nas salas de aula do Bloco Discente V na UNESP. Foi muito interessante compartilhar uma sala com tantos alunos que estavam, entre muito deles, assim como eu, apresentando seu trabalho pela primeira vez. Por incrível que pareça eu não me senti muito nervoso e foi muito bom estar entre alunos com trabalhos diferentes guiados pela Literatura Infantil e Juvenil. 

Conheci pessoas muito divertidas e alegres e tivemos um membro da comissão avaliadora a escutar a apresentação do trabalho, um por um. Quando a senhora da comissão, caracterizada com um crachá, chegou até o meu trabalho eu pensei: Nossa! É agora, deu um frio na barriga, e nesse misto de sensações eu comecei a falar sobre ele devagar. Foi como reviver todo o processo de construção dele e o diálogo com a minha querida orientadora. Não sei quanto tempo durou a apresentação, algo entre 7 a 10 minutos, mas consegui falar sobre as obras brasileiras, a importância da Educação Literária e mostrar os livros, as edições portuguesas, para a avaliadora que folheou-os e sorrio após solicitar a minha assinatura na lista e sair.

No terceiro e último dia de Congresso, novamente no Centro Cultural Matarazzo, iniciou com a terceira mesa redonda chamada: Livros Infantis: do berço ao e-book.  O que mais gostei nessa apresentação foi à importância que Anna Cláudia Ramos deu para a formação de leitores, a escritora enfatizou que não é possível formar leitores se antes o professor não for um leitor. Ela tocou no assunto de maneira cuidadosa, mas não deixou de criticar o ditado: “Faça o que eu falo e não o que eu faço”, no sentido que alguns professores solicitam leituras e que nem eles leem. Acredito que a escritora, amante do livro e da literatura, que disse que a Bolsa Amarela mudou a sua vida, não poderia ter outro discurso. Apoio e concordo com o seu discurso e me fez recordar as minhas aulas com a outra Ana Ramos, uma singeleza poética que aqueceu meu coração. 

O encerramento aconteceu às 15h30 com o Espetáculo Cênico-musical “Crianceiras”, não consegui me aguentar de alegria ao saber que a poesia de Manoel de Barros seria cantada e encenada pelos cantores e atores, com concepção e direção musical de Márcio de Camilo, iluminuras: Martha Barros e direção de Luiz André Cherubini, o espetáculo não poderia ser mais apaixonante e apropriado. 

Com uma diversidade de instrumentos, sopros e cordas, uma interação ativa de imagens em diálogo com os cantores e atores e uma poesia de Manoel de Barros à tarde que caia ficou ainda mais iluminada, tornando o fim desse congresso mágico e inesquecível.

Voltei à Campinas na manhã de sábado, de ônibus pude observar a paisagem rural em que enchia meus olhos de cores, era uma manhã de céu azul, campos verdes, árvores gigantes e animais. Durante a viagem eu lia um presente: SUPERGIGANTE, cochilava, e contemplava através da janela aquele entardecer que me trouxe de volta a minha casa. 

Cheguei a casa por volta das 20h da noite, tomei banho e terminou essa aventura literária.

Tudo isso não seria possível se não fosse o incentivo da minha professora de Literatura Infantil e Juvenil da Universidade de Aveiro, lá no passado eu comentei com ela sobre o Congresso e o meu interesse em fazer o Estudo Orientado do próximo semestre para tentar a participação no evento. Quando ela me olhou e abraçou a ideia, dizendo que sim, que poderíamos, fiquei mais que feliz, embora não imaginasse tudo o que era necessário do sim até hoje. Agradeço imenso a sua cuidadosa sensibilidade, horas e dias de leitura e revisão, conselhos e aprendizados. 


Bom, pessoal foi isso! Foi um prazer estar nesse Congresso em que agora posso compartilhar com vocês. Até a próxima.

quarta-feira, 26 de julho de 2017

Olá Pessoal Estou em Campinas e escrevo em uma manhã ensolarada, com muita alegria dentro de mim. Acabei de enviar o trabalho para a ...

Olá Pessoal

Estou em Campinas e escrevo em uma manhã ensolarada, com muita alegria dentro de mim. Acabei de enviar o trabalho para a comissão organizadora do congresso e isso me faz muito feliz, afinal foram meses de leitura, escrita, revisões e por fim está concluído. 

Como eu disse em postagens anteriores o Congresso Internacional de Literatura Infantil e Juvenil acontecerá na UNESP de Presidente Prudente de 2 a 4 de agosto.

O trabalho apresenta como é formado o Ensino Básico em Portugal. Dividido em três ciclos, compreendidos em nove anos de escolaridade de acordo com o Programa e Metas Curriculares. O foco do trabalho está na Educação Literária, um dos cinco domínios de referência que nos fala o documento governamental. 

Propõe-se demonstrar a importância da Educação Literária desde o primeiro ano de escolaridade, assim como a preocupação com a questão linguística e literária. As obras brasileiras serão apresentadas, ligeiramente comentadas e analisadas fazendo as devidas relações com as metas curriculares do Ensino Básico Português.

Vou compartilhar com vocês o resumo para que vocês tenham uma melhor noção desse trabalho. Ah! Na próxima semana eu estarei em Presidente Prudente, portanto acredito que a postagem da semana irá atrasar, mas poderei compartilhar com vocês como tudo aconteceu assim que regressar. Até lá!

Resumo: Pretende-se, neste pôster, identificar os autores brasileiros e os gêneros literários representados nas metas curriculares (2012) e no programa (2015) de português do ensino básico, em vigor em Portugal, com vista a refletir sobre os critérios de seleção e objetivos de formação associados à sua leitura por alunos portugueses em contexto educativo. As obras brasileiras selecionadas apresentam uma diversidade de gêneros e registos literários, integrando a poesia, a fábula, o conto, a novela e o romance e variando entre o século XIX (1882) e século XXI (2008). Incluídos no domínio da educação literária, a sua leitura e estudo tem como objetivo formar leitores capazes de interagir com os textos literários distintos. Pretende-se, igualmente, sensibilizar os alunos para propostas literárias diversificadas, em resultado do respetivo contexto sociocultural. É ainda objetivo deste pôster identificar os temas e motivos mais relevantes dos textos selecionados, com vista a perceber a imagem da literatura brasileira que é transmitida nas escolas portuguesas, estabelecendo ligações comparativas com os textos em língua portuguesa oriundos de outros países, como Angola e Moçambique também selecionados pelos documentos programáticos. Partindo da ideia de que a formação de leitores literários tem impacto na formação de cidadãos culturalmente interessados, é de toda a relevância a diversificação do universo de leituras propostas no sistema de ensino, dando a conhecer outras manifestações literárias em língua portuguesa oriunda de outros países e contextos.


Palavras-Chave: Educação Literária. Literatura Brasileira. Portugal. 

sexta-feira, 21 de julho de 2017

Olá Pessoal. Escrevo em uma tarde ensolarada, porém fria. Tinha me esquecido como é o frio daqui, pois o último inverno foi em Aveiro e...

Olá Pessoal.

Escrevo em uma tarde ensolarada, porém fria. Tinha me esquecido como é o frio daqui, pois o último inverno foi em Aveiro e há diferenças, como vocês devem saber pelas postagens anteriores.

Estou muito feliz pelo desenvolvimento do meu trabalho: ESCRITORES BRASILEIROS NO PROGRAMA DO ENSINO BÁSICO EM PORTUGAL: À DESCOBERTA DA LITERATURA DO OUTRO LADO DO ATLÂNTICO, aquele que vou apresentar em agosto na Unesp de Presidente Prudente.

Esse trabalho está dentro dos Estudos Orientados, em que devemos entregar no final do semestre. Com uma grande paciência e generosidade, a professora de Literatura para a Infância e Juventude aceitou me orientar, de novo, nesse trabalho e depois de leituras, vai e volta, correções ele está quase pronto. O resumo foi aceito em maio e essa semana eu recebi da comissão do congresso a sala de apresentação, paralelo a isso já tenho a passagem de ida comprada e um lugar para me hospedar durante os três dias de congresso.

Presidente Prudente está a 534 km de Campinas e se eu fosse de carro demoraria para chegar: 5h26 minutos, dados do Google. De avião será em uma hora e meia. Tenho visto alguns vídeos na internet para conhecer superficialmente a cidade e não me perder, para ter aquela sensação de segurança.

Ainda sobre o trabalho, ele está ficando lindo! O pôster foi tão cuidado, e a professora é bem atenciosa, trocamos e-mails e ela sinaliza as alterações. Sinto que parece um mosaico, pois está sempre alterando uma coisinha e outra, por pedacinhos. Acredita que eu confundi esquerda e direita no alinhamento? Ai que vergonha! Mas a professora voltou o e-mail dizendo que corrigiu, pois não estava conforme a orientação. Não tem como falar, só sentir.

Bom pessoal, por hoje é só!

Um grande abraço e apreciem o inverno, já já ele acaba.

sexta-feira, 14 de julho de 2017

  Olá, pessoal Há uma semana cheguei ao Brasil e me despedi do lar que me pertenceu por um período de tempo determinado. Sabia que nã...

 Olá, pessoal


Há uma semana cheguei ao Brasil e me despedi do lar que me pertenceu por um período de tempo determinado. Sabia que não seria para sempre e desconhecia o que esse tempo poderia me alterar. Ainda sou nômade, mas faço lar no lugar onde meu coração está.

Era Portugal a minha pátria, Aveiro a minha casa, suas ruas o meu rumo, a Universidade o meu prumo, a rotina a minha inércia, os amigos a minha singela alegria, os professores a minha gratidão, o meu estímulo.


Na última semana, antes de voltar ao Brasil, fui à Itália. Estabeleci um pouso em Milão e adormeci lá por três dias. Nas manhãs de sol visitei Turim e Veneza, cidades vizinhas. Na manhã de chuva parti para Roma. Pernoitei nessa cidade para deixar minhas coisas de viagem e conheci Pisa e Florença. Voltei a Portugal em uma manhã tranquila que ainda não se conhecia os raios de sol, era madrugada quando me dirigi ao aeroporto. 


Ganhei as ruas, errei pelos cantos, os braços cresciam abraçando as cidades, os olhos ficavam úmidos de tanto observar, o tédio não existia, o deslumbre pouco a pouco era substituído pela realidade. Pensava embaixo de árvores, comia em praças, conversava com estrangeiros. Vi a pobreza mesclada com a riqueza, toquei lugares antes vistos apenas nos livros, na internet. Olhei para o céu, naquele azul brilhante e pensei: Nada há de novo embaixo de você!


Foi no trem, de Roma à Pisa, que conheci a Zita. Senhora animada, gentil e simpática, brasileira do Rio de Janeiro, casada há 25 anos com um Italiano. Estava voltando de férias com a família. Depois de trocarmos histórias ela me convidou a ir a sua casa e me lembro direitinho ela dizer, com aquele sorriso largo transportando doçura: “Vá à Pisa e depois me encontre em Firenze, vou levar você para tomar açaí, você gosta de açaí, né?”. Fiquei tão feliz por passar aquele último dia na sua presença e por poder contar essa história que só foi possível por enfrentar o medo da viagem sozinho, em um país diferente, descobrindo e sendo descoberto.


Durante esse tempo, posso dizer a vocês que superei alguns medos e alcancei novas colinas. É como se você estivesse em um lugar que enxergasse um monte e se permitisse caminhar até lá. Há várias intempéries até o destino final, mas você supera, chega ao topo do monte, ao cume; fica feliz, respira e observa que há outros, de outras formas e tamanhos e que aquilo que lhe trouxe até ali só foi possível, porque você se permitiu.


Continuo com algumas convicções que fazem parte de mim, mas alarguei alguns pensamentos como se fosse um elástico, diferente deste, ele não volta ao tamanho anterior, o meu elástico está maior e sinto que consigo ampliá-lo, se não me corromper pela invisível inércia e pelo conforto do medo. 
De repente estou de volta. Escrevo assim, pois o tempo é uma percepção pessoal. Há o tempo que brinca, que rasteja, que voa, para mim esse tempo é muito versátil. Em uma semana visitei amigos, revi carinhas dos animais de estimação, e senti o calor de abraços que saciaram saudades adormecidas. Algumas coisas mudaram por aqui, outras se mantêm até hoje; na vida de amigos, nas ruas que caminho, na minha cabeça que penso. 


No próximo semestre estarei de volta aos corredores da Gloriosa, estou muito feliz em voltar para reencontrar os meus queridos da UFTM. Estou muito empolgado para as próximas disciplinas, e como sempre, um pouco inseguro em relação ao futuro. Ah, vida de nômade não é fácil, mas o que é fácil nessa vida? E fácil é só uma palavra a que você, leitor, carrega o sentido adequado a sua realidade.


Vemo-nos em breve, até logo.





 A Disfunção. Pág. 381


 Sobre Importâncias. Pág. 388



 Comportamento. Pág. 376

terça-feira, 4 de julho de 2017

Olá, pessoal. Esta é a última postagem que escrevo daqui da residência universitária em Aveiro. Não sei escrever detalhadamente como ...

Olá, pessoal.

Esta é a última postagem que escrevo daqui da residência universitária em Aveiro. Não sei escrever detalhadamente como me sinto, é um misto de sensações. Pode parecer meio piegas, mas é com lágrimas nos olhos que escrevo isso.

Aprendi muito durante a minha estadia aqui em Portugal, visitei lugares antes conhecidos apenas nos livros, nas leituras e pela fala dos meus professores.

Conheci pessoas incríveis, tive contato com professores tão sábios e humildes que não cabe aqui sublinhar cada gesto e cada momento que me tocaram, como aluno e como ser humano.

Das amizades que fiz restam-me as lembranças dos dias vividos, das angústias de final de semestre sempre compartida e das risadas nas madrugadas abafadas. Não consigo dizer nada mais, apenas sentir um nó na garganta ao lembrar-me de cada um.

A Universidade de Aveiro foi uma casa acolhedora em que cada aula, cada dia, pude aprender uma coisa nova e enriquecer essa vida de menino que tem ainda muito por descobrir. Tive professores excepcionais, mais duas delas me fizeram amar ainda mais essa carreira que estou a aprender.

Para a minha mestre da Literatura Infantil e Juvenil reservo as palavras mais doces e amáveis, da gratidão e do sublime amor que apreço pelo seu profissionalismo, excelência, dedicação e acima de tudo comprometimento e carinho. Pouco sei escrever para descrever a minha gratidão por seus olhares atentos as minhas linhas de texto corrido, as minhas recorrentes dúvidas fora de hora e a minha insistência em solicitar ajuda em duas orientações seguidas, no que demandou trabalho extra e esforço além do programa.

Para a minha mestre da Literatura Institucionalizada o meu constante sorriso e a minha gratidão por aulas saborosas, animadas, curiosas e ricas de conhecimento. Das vezes que pudemos estar juntos compartilhando minutos, nada posso esquecer e agradecer sempre a sinceridade, a amabilidade e o respeito que me tratou desde o início.

Esta postagem é mais para dizer a vocês, colegas que me leem, que o intercambio acabou, mas os laços que aqui criei jamais se romperão, pois foram feitos à medida, por fases, amadurecendo e dando frutos.

Aprender, cultivar e cooperar. Pensando assim, um gigantesco obrigado para cada um que me ajudou a enxergar o mundo diferente, que eu possa também fazê-lo àqueles que chegarem a mim com a mesma sede de construir.

Por hoje é só, um abraço. 

quarta-feira, 21 de junho de 2017

Olá, pessoal A postagem de hoje é para contar a vocês a minha experiência como voluntário na Associação Portuguesa de Pais e Amigos d...

Olá, pessoal

A postagem de hoje é para contar a vocês a minha experiência como voluntário na Associação Portuguesa de Pais e Amigos do Cidadão Deficiente Mental de Aveiro – APPADM. Tudo começou quando entrei em contato com o CUFC – Centro Universitário de Fé e Cultura da Universidade de Aveiro. Foi por intermédio da Irmã Flávia que me direcionou a Associação.

No semestre passado tinha demonstrado o interesse em participar de algum projeto dessa natureza, mas por estar no final do ano e as atividades estarem concluídas não foi possível naquela data. Durante esse tempo frequentei as atividades do CUFC e participei da Ceia de Natal oferecida pela Universidade e pelo Centro, como contei para vocês nesta postagem.

Em meados de março recebi um e-mail do senhor Carlos, responsável pela associação, me perguntando sobre a minha disponibilidade e o motivo de querer fazer parte da instituição. Agendamos uma entrevista e conversamos, ele me esclareceu as minhas dúvidas e o solicitei uma visita à Instituição para conhecer os meninos.

Nesse dia pude constatar a organização, o profissionalismo e a competência desta Instituição que zela pelo bem estar desses cidadãos. Foi nessa visita em que conversei com a psicóloga e em seguida com os meninos.

Conversamos em uma sala grande, em volta de uma mesa larga em que cada um se apresentou e demonstraram abertos a me receber. Eu confesso que estava nervoso, sorria sempre envergonhado e suava as mãos. Os meninos foram muito amáveis e me disseram que iriam me ajudar. Agradeci a todos e comecei a frequentar a associação no dia 7 de abril, em uma sexta-feira.

As atividades ocorreram durante três meses em que estive em contato com uma realidade diferente do que eu estava acostumado. Durante esse tempo aprendi muitas coisas, difícil de enumerá-las, mas entre elas posso dizer que aprendi a observar melhor as pessoas, a me reconhecer, a ser mais empático, a dar mais valor ao trabalho de suporte das pessoas que estão nos “bastidores”. 

Fui tratado com muito carinho por todos eles, pelas funcionárias e pelo senhor Carlos. Foram atenciosos às minhas solicitações e eu sempre perguntava se estava tudo bem, se eu estava fazendo um bom trabalho. Estava sempre preocupado, pois não sabia ainda que o simples é fazer com amor aquilo que gostaria que fizesse por nós.

Caminhamos pelas tardes antes do anoitecer, pintamos com lápis de cor e canetinhas, lemos histórias, assistimos filmes engraçados e de velocidade, cochilei no sofá algumas vezes, fizemos bonecos de massinha, jantamos juntos, jogamos cartas, fomos ao cinema e o mais importante: tornamo-nos amigos, cúmplices, irmãos.

A última sexta-feira foi a minha despedida e com ela fizemos um grande balanço. Percebemos que a vida passa muito rápido e que nem eles e tampouco eu percebemos que já havia chegado o final do semestre, o dia da minha partida.

Ganhei de lembrança um livro do Egito, fotos autografadas, desenhos de uma página inteira, e uma despedida sentida e saudosa, com votos de felicidade e compromisso de um futuro regresso, em meio a abraços e lágrimas.

Espero que no próximo semestre os meninos encontrem um novo voluntário e espero também que esse voluntário seja melhor que eu, pois sempre desejamos o melhor aos nossos amigos. Pensando nisso, escrevo aqui uma pequena “boas-vindas” ao novo voluntário:

Querido amigo:

Estou muito feliz que você se tenha permitido ter essa experiência, de adentrar em um mundo novo, tão as margens do que estamos acostumados. Acredito que embora no início pareça difícil, por não conhecer a rotina e o espírito de cada um deles, digo que não é! Tranquilize-se. Trabalhe com carinho, perguntando, ouvindo e verá que você levará mais contribuições, que ilusoriamente pensava ter trazido. Poderia dizer também o que cada um deles gosta mais, mas acredito que privaria você de descobrir essas coisas tão belas e que faz parte do nosso aprendizado. Para não me alongar muito, deixo o meu muito obrigado e peço, gentilmente, que envie a eles o meu saudoso abraço.


terça-feira, 13 de junho de 2017

Olá, pessoal Escrevo em uma manhã ensolarada e quente, aqui da biblioteca do departamento de Educação e Psicologia. Estou em uma sala...

Olá, pessoal

Escrevo em uma manhã ensolarada e quente, aqui da biblioteca do departamento de Educação e Psicologia. Estou em uma sala de estudos em que há uma janela bem larga em que posso ver o CUFC - Centro Universitário de Fé e Cultura e os jardins da Universidade.

As aulas acabaram, assim como as apresentações de trabalhos e algumas provas, a minha última prova será amanhã, de Organização e Gestão Escolar. Ontem entreguei o meu trabalho de Literatura para a Infância e Juventude e conversei com a professora sobre os Estudos Orientados.

Ainda não acabaram todas as obrigações acadêmicas, pois me falta começar a análise dos testes da pesquisa e desenvolver os Estudos Orientados.

No final de semana fui à Évora, uma cidade na região do Alentejo muito bonita, cheia de história e cultura. Visitei a famosa Capela dos Ossos, o Templo Romano, a igreja de São Francisco, a Sé Catedral de Évora e o Museu. Foi neste final de semana que aconteceu a 4.ª Edição da EXIB Música e Mostra de Culturas Ibero-americanas | Alentejo em Cena, e foi muito divertido. Assisti a um show de Fado com música brasileira.

No sábado aconteceu o encontro Internacional de Coros no Teatro Garcia de Resende, além do teatro ser muito bonito a apresentação aconteceu em português e espanhol, o que achei muito interessante, ah! Mais uma vez tivemos a participação da música brasileira que foi emocionante. 

Em Évora conheci a Maira, contadora de história e aluna da Unicamp, o Tomás, da Madeira e ator, e participei de um piquenique com seus agradáveis e generosos amigos, conversamos sobre a vida universitária e os nossos devaneios pessoais e profissionais. Por fim, visitei a cidade, a universidade e as ruas desta cidade que me trouxe grandes alegrias.

O ciclo estudantil em Portugal está terminando e com ele é comum às despedidas. Fiz muito conhecidos aqui e alguns deles se tornaram amigos que fica difícil não abraçá-los com os olhinhos marejados. Na última sexta-feira despedi da Eva e da Jasmim, duas amigas chinesas que moravam no mesmo condomínio que eu, também estudavam no Departamento de Línguas e Culturas, e agora voltaram à China. Fomos ao Cais Madeirense, um restaurante na Praça do Peixe que tem um ótimo lanche por 3,50 euros e uma sangria refrescante que compartimos e pagamos 1,50 cada um. 

Ao me despedir delas foi como se um filme passasse em minha cabeça, diante dos meus olhos, de todos os momentos vividos, foi mágico! Eu estou muito feliz por ter a oportunidade de ter essa experiência e poder conhecer pessoas tão diferentes e amáveis.

Ainda em tom de despedida. O meu amigo português, o André, e eu resolvemos raspar o nosso cabelo juntos, em uma espécie de “corte de cabelo de despedida – inovação luso-brasileira”. Foi algo simbólico e muito especial, pois agora iremos iniciar um novo ciclo em nossas vidas, cada um em seu país. O André é aluno ingressante e assim como eu, tivemos as primeiras impressões e experiências na Universidade de Aveiro.

Se foram os meus colegas chineses, de casa e agora de coração. Se foi a Mari para a Alemanha, a Irina e a Olga para a Rússia, a Maira para o Brasil, o Miika para Finlândia... Assim como eu, daqui alguns dias. Estou nostálgico, mas isso é tão bom!


Bom pessoal, por hoje é só. Até a próxima semana.

quinta-feira, 8 de junho de 2017

Olá, pessoal. Escrevo para contar a vocês como está sendo esta semana. Estamos no fim do semestre, e como vocês devem imaginar, uma cor...

Olá, pessoal.

Escrevo para contar a vocês como está sendo esta semana. Estamos no fim do semestre, e como vocês devem imaginar, uma correria. Tive prova de Linguística Portuguesa e Literatura para a Infância e Juventude na segunda-feira, na terça-feira tive prova de Temas de Literatura e amanhã terei a prova de Cultura Portuguesa.

Sobre a aplicação do teste de atitudes linguísticas está correndo tudo bem. Apliquei nas turmas de Linguística Portuguesa e Organização e Gestão Escolar, falta apenas para a turma de alunos chineses de Literatura, acredito que na próxima semana já os terei comigo.

Os meus estudos orientados estão avançando, encaminhei os meus escritos à professora e ela já deu a sua opinião. O trabalho está estruturado conforme segue:

Resumo: (Já feito e aprovado)

 1. Introdução
               1.1 - Contextualização e o Programa e Metas Curriculares
               1.2 - A presença do texto literário no ensino básico Português

2. Análise das obras, contextualização e relação com as metas.
               2.2 - Poesia: Ou isto ou aquilo (1964) – Cecília Meireles
               2.3 - Fábula: O Gato Malhado e a Andorinha Sinhá: uma história de amor (1976) – Jorge Amado
               2.5 - Conto: História comum (1883) – Machado de Assis
               2.6 - Novela: O alienista (1882) – Machado de Assis
               2.7 - Conto: Felicidade clandestina (1971) – Clarice Lispector
               2.8 - Poema: Receita de Ano Novo (2008) – Carlos Drummond de Andrade
               2.9 - Romance: Meu Pé de Laranja Lima (1968) – José Mauro de Vasconcelos

3. Considerações finais
              3.1 – Diversidade textual, de gêneros, de autores. Lógica da progressão e a mais valia para os alunos portugueses em conhecer esses autores.

Por aqui temos o clima ora aberto, ora fechado. O vento é comum por todo o dia, faz calor e a noite é um pouco fria. Estou um pouco triste e mais cansado que o habitual, roubaram a minha bicicleta, agora parece que foi definitivo, pois estava com cadeado trancada nas escadas do condomínio. Apresentei queixa à administração, mas nada adiantou.

Enfim, não é algo tão mal assim, mas fiquei um pouco desanimado. Agora vou à universidade a pé e demoro mais a chegar, mas em contra partida tenho admirado mais as manhãs e tenho mais tempo de pensar na vida, enquanto caminho.

Falta pouco para eu voltar ao Brasil, a minha viagem está marcada para cinco de julho. Confesso que estou um pouco nostálgico também. Fiz muitos amigos por aqui, tenho professores que gosto muito e gosto muito da universidade. Os meus colegas chineses, os que dividimos casa, voltarão amanhã para a casa deles e também reconheço em seus olhos uma leve sensação de tristeza.

Mas a vida é assim, recheada de ir e vir, de começo e recomeço, de chegada e saída. Hoje, depois da aula, fui com a Sónia à praia, não tomamos banho, apenas ficamos caminhando a beira mar, conversando sobre a vida e nos despedindo. Ela fez Espanhol IV comigo e é uma das amigas que levarei no coração.


Bom pessoal, por hoje é só! Um abraço e até a próxima semana.

sábado, 27 de maio de 2017

Olá, Pessoal Escrevo em uma noite que mais parece uma tarde. São 20h de um sábado primaveril e ainda está claro, a noite demora a ch...

Olá, Pessoal

Escrevo em uma noite que mais parece uma tarde. São 20h de um sábado primaveril e ainda está claro, a noite demora a chegar por aqui, dizem que ela é um pouco preguiçosa e chega de mansinho, eu não digo o contrário, até prefiro assim. Um pouco manhosa, um pouco lentinha, mas sempre fresca e calma.

Essa semana foi um pouco pesada, pois parece que todas as obrigações se concentraram na quinta-feira. Pela manhã apliquei o teste de atitudes linguísticas, com a ajuda da professora Isabel, aos alunos chineses. Foi um pouco tenso, como habitual, me apresentei com aquele nervosismo e uma voz embargada, mas a gentileza e a atitude da professora me ajudaram bastante. Enquanto grampeávamos, as outras cópias dos testes, os alunos o respondiam silenciosamente. Em seguida fui ao departamento de Educação para fazer a apresentação do trabalho da disciplina Organização e Gestão Escolar. Formamos um grupo bem heterogêneo, multicultural. A Júlia e eu, brasileiros, a Inês, portuguesa e a Klaudia, polaca. E logo após fiz a última prova escrita de espanhol. Foi muito difícil, a professora escolheu os verbos irregulares nas suas piores conjugações e não teve nenhuma pergunta sobre vocabulário, em que eu pensei que poderia ajudar na nota.

Sei que estou devendo uma postagem decente sobre a minha Iniciação Científica (IC), e acredito que chegou a hora de escrever um pouco a vocês como está acontecendo. Estou na fase de aplicação do teste, isso quer dizer, quase no final, pois depois de ter os testes respondidos, analisados, escreverei a análise e finalizarei, parcialmente, a IC.

Uma das nossas responsabilidades como estudantes intercambista aqui em Portugal, na Universidade de Aveiro é escrever a IC, além das postagens semanais no blog, os estudos orientados, e as famosas Atividades Acadêmico-científico-culturais (AACC). A minha IC tem o título: Atitudes linguísticas de graduandos do Curso de Letras de uma universidade portuguesa, esse título pode ser alterado até o final da pesquisa, pois a pesquisa também contemplará os alunos brasileiros em que iremos fazer uma comparação analítica futura.

Escrevo com a ajuda da professora Juliana Bertucci, que é a minha orientadora. A nossa área é a sociolinguística e o campo de investigação é sobre crenças e atitudes, como bem já diz o título. Estamos usando os trabalhos de: “(CYRANKA, 2007; 2011; 2014), RONCARATI, 2008; BOTASSINI, 2009, CUBA; BARBOSA, 2013; MARINE; BARBOSA, 2016, entre outros, assim como também Labov, Giles, Ryan e Sebastian.”.

Essa experiência tem sido muito desafiadora, pois além de fazê-la preciso conciliar o tempo com as disciplinas. A professora é muito gentil e os seus comentários são muito práticos e assertivos. Basicamente eu leio, escrevo e envio a ela. Depois ela lê, revisa, anota os comentários, ou futuras alterações e me envia. Eu leio os comentários, altero e continuo o trabalho. A nossa última troca de e-mail foi sobre o teste, ela o revisou, disse que estava bom e assim que eu o aplicar a todas as turmas pretendo retornar à professora pedindo orientação para os próximos passos.

Esse trabalho é muito importante, pois é por meio dele que podemos encarar o ensino de língua portuguesa de uma forma diferente. Antes dele eu não imaginava o quanto de material e pesquisadores temos a respeito do tema. O que mais me chamou a atenção é a lentidão dos estudos a atingir a escola. Para você ter uma noção: “A teoria sociolinguística apresenta seu início na década de 1960 com o linguista estadunidense William Labov fundamentando os estudos linguísticos em sua teoria e metodologia com objetivo de explicar os fenômenos da variação da língua compreendido em seu fator social, principal objeto de estudo da sociolinguística. (VELOSO, 2014, p.3).”. Viu só? 1960 e até hoje a gente não tem uma clareza sobre a variação linguística na escola, ainda ouvimos de falar errado, maneira de falar feia... Bom, acredito que estudos como esses poderão ajudar os alunos e professores a adotar uma diferente consciência linguística.

O teste apresenta 25 perguntas e está dividido em duas partes, a primeira é um perfil social, ou seja, sexo, idade, nacionalidade, profissão... E a segunda parte é o teste praticamente dito. Dividido em blocos em que cada um tenta identificar elementos como: identificação das línguas de aquisição e de uso, consciência da diversidade e nível de conhecimento das variedades faladas entre outros.

Fiz duas versões, portuguesa e brasileira. A minha professora de Linguística foi muito generosa em ler e apontar as alterações para a variante portuguesa (Obrigado, professora Rosa Lídia). Pensei que se o entrevistado lesse as perguntas na sua variante isso poderia ajudar na sua compreensão e proximidade com o texto. Não sei se me expliquei bem, é algo do tipo: “Me sinto mais confortável lendo assim”. Essa ideia trouxe novos conhecimentos, um deles é em relação à palavra: você, ela existe, mas não é explícita e sim subentendida. Exemplo:

Variante portuguesa: Questão 2 – Diariamente utiliza a mesma língua materna para se comunicar?

Variante brasileira: Questão 2 – Diariamente você utiliza a mesma língua materna para se comunicar?

Agora consigo entender o motivo de alguns professores dizerem: O Angelo pode trazer, o Angelo fará... Falando comigo e não para outra pessoa. É uma maneira de falar você implicitamente, aqui, usando o nome do alocutário. (Genial! Haha...).

Sinto que a minha IC é uma colcha de retalhos, pois tenho aqui no meu computador tantas versões que às vezes me perco. É um escrever, reescrever, enviar, alterar que não sei mais como irá ficar o final do Frankenstein. Mas confio muito na minha orientadora, e aproveito aqui esse parêntese para agradecê-la. (Obrigado pela paciência, senso de humor, leituras e releituras, dos meus pedacinhos de IC.).

Se você gostaria de saber algo mais sobre a IC ou sobre qualquer outro assunto, deixe abaixo os seus comentários. Ah, talvez vocês devam estar se perguntando sobre as fotos que ilustram essa postagem, pois bem, são momentos que passei com os meus amigos aqui, na universidade, nos eventos para além, são uma espécie de registro “imagético” do cotidiano dos meus dias. Como um blog é um relato, cabe também conter essas imagens de sorrisos eternos que me darão saudades ao revisitá-los.


Bom pessoal por hoje é só! Até a próxima semana.

terça-feira, 23 de maio de 2017

Olá, Pessoal. Por aqui faz uma tarde ensolarada e quente. O céu azul faz um contraste muito bonito com as folhas das árvores. Da saca...

Olá, Pessoal.

Por aqui faz uma tarde ensolarada e quente. O céu azul faz um contraste muito bonito com as folhas das árvores. Da sacada de casa é possível ver as copas das árvores e enquanto caminho à Universidade sempre admiro essas paisagens.

Ontem, a manhã era nebulosa, uma neblina fria pairava pelas ruas que compõe meu caminho habitual. Fui de bicicleta e com meu celular no bolso do casaco. Ao subir uma rampa, me escapou pelo bolso lateral, em um salto, o celular, ele se precipitou ao chão, em seguida um carro passou em cima dele com as rodas dianteiras e traseiras. Não sofreu escoriações, salvo a capinha de vidro, que retirei em seguida. Agora não liga, não faz nada. Conclusão... O perdi e não tenho planos de comprar um outro imediatamente. (Era só para avisar minha família, amigos e você que lê esta postagem.  Obrigado!)

Durante esse tempo por aqui, tem acontecido coisas muito engraçadas, como esta que acabo de relatar. Acho importante contar algo desse tipo, afinal a nossa vida há grandes momentos que não registramos e dizer que não são importantes é apenas um julgamento como outro. A nossa história é feita de momentos e basta a nós escolher os que mais nos prover, brincar com os fatos, sorrir da casualidade, crescer e amadurecer perante aos desafios. Escolho essas “cenas” cotidianas como os fragmentos de mim, que pairam no ar de minha memória e, que agora, as conto aqui: “... mais leve que a sombra dum reflexo de cuidado.” (Ribeiro, Aquilino).

Nos dias 17, 18 e 19 de maio a Universidade de Aveiro, em parceria com a Universidade Católica de Lovaina (KU Leuven), realizou o Congresso Internacional dedicado ao tema O conto: o cânone e as margens. Consegui participar das conferências, alternadas, nos três dias e foi muito interessante. Tivemos na sessão de abertura a participação do teórico mexicano Lauro Zavala (UAM, México), o professor nos falou sobre a Breve história da teoria do conto. Tivemos também nesse dia duas apresentações do Instituto Confúcio, a saber: Dança do dragão, por alunos do DeCA e do IC-UA e apontamento musical, por Vítor Castro (guitarra) e Lu Yanan (pipa). Para não me estender muito sobre o congresso, deixarei aqui o link do programa, para que vocês possam consultá-lo. (Ah, podem fazer, aqui, o download dos resumos, são interessantes).

Na próxima quinta-feira será um dia muito agitado. Tenho pela manhã a minha disciplina favorita, logo após apresentarei com as minhas colegas o nosso trabalho da disciplina de Organização e Gestão Escolar. Nesse trabalho iremos falar sobre a Escola da Ponte, a sua arquitetura, a sua organização pedagógica, a sua avaliação externa e a sua metodologia de ensino-aprendizagem. Estamos na Semana Intercultural (de 22 de maio a 6 de junho) e iremos participar apresentando o nosso trabalho em uma aula aberta. Clique aqui e veja o programa completo.

Logo após, tenho a última prova, escrita, de espanhol em que toda a matéria do semestre cai. Confesso que estou um pouco preocupado, tivemos revisão hoje e até suei. Na semana que vem teremos que entregar a última composição, devemos escrever uma carta que contemple a maioria do vocabulário visto no semestre e entregá-la no dia da prova oral. Para esta prova devemos ler o livro: El alquimista Impaciente do escritor madrilense Lorenzo Silva, e assistir o documentário: Bye Bye Barcelona. O livro está lido e o documentário assistido, já tenho os apontamentos e só me falta revisar.


Bom, pessoal é isso! Até a próxima semana. 

P.S.: Pessoal, segue o link do Blog da Júlia. Ela nos conta como foi a nossa visita à escola da Ponte e dá mais detalhes sobre o nosso trabalho.

terça-feira, 16 de maio de 2017

Estimado rey de Plutón: Espero que estés bien. Yo estoy muy contento por la gran oportunidad que nos has ofrecido, este intercambio...


Estimado rey de Plutón:

Espero que estés bien. Yo estoy muy contento por la gran oportunidad que nos has ofrecido, este intercambio para beneficio de ambos planetas.

Confieso que la carta que nos has enviado me sorprendió y me provocó muchas dudas. La manera que ordenas tus ideas en nuestro idioma y el discurso contenido en tu carta son las cosas que más me llamaron la atención. Es posible observar cómo te gusta tu planeta aunque demuestras que la vida en Plutón te resulta aburrida.

Tenemos pocas informaciones acerca de tu planeta, descubrimos Plutón en 1930 y los expertos dicen que está muy lejos de la Tierra, tenemos 6 veces más tamaño y lo llamamos un planeta enano. Por eso, creo que deberás contar con más informaciones de nosotros que nosotros tenemos de ti. Pero bueno, no me cabe a mí reflexionar sobre estas cuestiones, pues no entiendo muy bien estos temas.

Cuando nos pides “Vosotros nos prestaréis por un año solar diez de las cosas más maravillosas de vuestro mundo”. Yo me quedo sorprendido, pues un año en la Tierra equivale a 248,54 años en Plutón, es decir que un año, es la órbita alrededor del sol, tarda más allá que aquí, por eso que se aclare eso, así podemos proseguir.

Como no puedo hablar en nombre de toda población humana, te escribo lo que me gustaría, si yo fuera el rey de la Tierra, cosa que no hay por aquí, y lo que podría hacer. Espero que estés contento con mi respuesta, aunque no te valga en la totalidad.

Pensando en las diez cosas que tendremos que cambiar y que después tendremos que devolver, me toca pensar en cosas que nos ayuden a desarrollar los sentimientos empáticos, pues creo que si fuésemos capaces de ayudarnos el uno al otro mutualmente el éxito del planeta Tierra sería seguro y con el paso de un año estaríamos mejores y más capaces.

Sigue una tabla donde pongo las diez cosas a compartir, pues puede llevarlas y también nos quedaremos con ellas. Pienso en estas cosas reflexionado lo que en tu planeta no hay, aquí todo lo que no tenemos no suele ser más valioso, dicho eso, pienso que pensarás lo mismo.

Diez cosas de la Tierra para ofrecerte
Diez cosas que pienso que necesitamos[i]
El Calor (Plutón tiene una temperatura superficial muy baja: -230 º C)
Algo que haga que las personas reconozcan sus defectos y darles ánimo para cambiarlos en forma de abrazos calentitos.
Pares de zapatos (Creo que sería útil para probar como es caminar sin tocar el piso, el suelo, la superficie)
Algo que haga que las personas prueben estar en el lugar del otro humano, sea familiar, amigo o desconocido.
Un espejo (Ese tipo de regalo, dicen algunos, fue usado con algunos pueblos que no lo tenían, sirve para reflejar)
Algo que haga que reconozcamos que nuestra inteligencia es diversa y limitada y que ninguna se sobrepone a otra
Un amanecer o una caída de la tarde (Es algo tan sencillo por aquí que por ser tan común casi nadie lo contempla
Algo que haga que las personas disfruten o simple de la vida en la Tierra sin pensar en otras cosas efímeras
El silencio (Sirve para muchas cosas, es un regalo, experiméntalo)
Algo que haga que las personas se conozcan íntimamente
Amistad (Escribiste: “No os preocupéis si son conceptos abstractos porque tenemos una máquina que puede trasladar cosas que no se pueden ver ni tocar)
Algo que haga que las personas sientan placer en ayudarse a sí mismo y a los otros
La diversidad botánica
Algo que haga que las personas no sientan vergüenza de ser diferentes
Cosquillas
Caramelos que producen sentimientos de autoconfianza, equilibrio emocional, paz interior y respecto mutual
La capacidad de apreciar todo tipo de arte
Algo que haga llegar a todos la misma oportunidad terrícola de hacer cosas y disfrutarlas
Amar
Algo que aumente nuestro progreso moral

Esto es todo. Ojalá que te gusten de estas cosas que a nosotros nos son tan caras y útiles.

Un cordial abrazo,

Angelo Ribeiro, un terrícola.



[i] “Aunque no sepáis cómo se llaman las cosas que necesitéis, describídnoslas con exactitud para ver si las tenemos.” Pág. 17.