quarta-feira, 1 de fevereiro de 2017

Olá, pessoal. Escrevo em uma tarde chuvosa, de céu cinza e clima frio. O inverno por aqui é mais rigoroso do que estava habituado e ...

Congresso em Barcelona

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Olá, pessoal.

Escrevo em uma tarde chuvosa, de céu cinza e clima frio. O inverno por aqui é mais rigoroso do que estava habituado e dá uma preguiça de sair para ir ao supermercado, pois sempre tem que se agasalhar e só de pensar que tenho que colocar meias, tênis e casaco repenso a necessidade de abandonar a casa quentinha.

Fui à Barcelona no dia 24 de janeiro e fiquei até o dia 30, com objetivo de participar da 1ª. Jornada de Formação para Professores de Idiomas no Congresso: Aprender del passado y enseñar hacia el futuro. Aconteceu no dia 27 e 28 de janeiro na Universidade de Barcelona.

Barcelona é uma cidade da Espanha que fica na comunidade autônoma da Catalunha. Lá se fala Catalão e Espanhol. As duas línguas são muito presentes em todos os lugares, nas placas de trânsito e nas campanhas publicitárias. O primeiro dia do congresso teve a abertura em espanhol, mas a primeira conferência foi em catalão. Confesso que entendi muito pouco, para mim, o catalão é uma mistura de português, francês, espanhol e italiano. É claro que essa percepção de língua é muito restrita, mas foi a minha primeira impressão. Essa conferencia tratou sobre as mudanças do ensino de língua estrangeira ao longo dos anos e propôs uma reflexão a respeito do ensino em sala de aula. Para vocês terem uma noção, segue abaixo o resumo da apresentação da aula contido no programa:

17:00 – Eulàlia Vilaginés – Més llengës, més estratègies, més competência?
Les nostres aules de llengües estrangeres han canviat molt a llarg dels anys incorporant noves tècniques i metodologies, recuperant-ne de velles i expulsant-ne d' obsoletes. Després de lluitar molt per aconseguir que a les aules de llegua estrangera es parli en la llegua estrangera, els darrers anys han aparegut amb força enfocaments didàctics que incorporen d'altres llegües a l'aula. Fins a quin punt la didàctica de les llegües es pot nodrir de les propostes dels enfocaments de la intercomprensió? En quina mesura ens és fàcil incorporar la demanda de promoure el plurilingüisme que es fa al Marc Europeu Comú de Referència? Quines llegües i de quines llegües hem de parlar a les nostres aules? Què estan disposades a promocionar les institucions?

Depois dessa conferência as pessoas poderiam escolher as outras seguintes, que aconteciam simultaneamente: Teatro y cine em acción, em espanhol; Inside their heads: learner beliefs and atitudes, em inglês; Raccontare e raccontarsi. La biografia linguística tra la riflessione e l’apprendimento, em italiano. Escolhi a oficina: Teatro y cine em acción apresentado pelas professoras: Francesca Angrisano e Miriam Sajeta. Nessa oficina aprendemos a criar exercícios inspirados em cenas de filmes com ajuda de técnicas teatrais. Para que entendam melhor deixo aqui também o resumo da oficina que foi muito interessante e divertido participar:


18:15 – Francesca Angrisano y Miriam Sajeta – Teatro y cine en acción.
Un taller para aprender a crear tareas inspiradas en escenas de películas, mediante técnicas teatrales.
En la actualidad la mayoría de los docentes de E/LE valora el potencial de los materiales audiovisuales y los suele utilizar en sus aulas. Sin embargo, pocos eligen el cien como input.
¿Por qué el cine? Por qué permite una inmersión inmediata en la cultura de un país y en la idiosincrasia de la interacción entre las personas. Muestra el lenguaje corporal, la prosémica y sobretodo está caracterizado por una narración que despierta la curiosidad de los espectadores/alumnos, y por lo tanto genera una alta motivación en la adquisición de la legua.
En el taller trabajaremos con breves escenas de películas españolas y latinoamericanas, desarrollando tareas útiles para clases de diferentes niveles, desde principiantes hasta avanzados.
¿Qué actividades podemos crear antes, durante o tras el visionado de una escena? Entre varias posibilidades, proponemos algunas que nacen principalmente de técnicas teatrales. Mediante el juego dramático, aprendemos a mover emociones, vivencias personales y capacidades expresivas fundamentales para reforzar la competencia comunicativa i intercultural, mejorar la interacción oral, potenciar la interiorización del vocabulario y la gramática, y además estimular la pronunciación y la gestualidad.

A oficina foi muito interessante e divertida. Todos os participantes falavam em espanhol e a cada exercício aprendemos como utilizar as técnicas na sala de aula de modo dinâmico e prático. Por meio dessa oficina podemos entender que os recursos utilizados buscam a ampliação e desenvolvimento do aprendizado tornando-o significativo para a compreensão do aluno estreitando laços entre colegas e promovendo o autoconhecimento. Por fim, tivemos às 19:30 a exposição de materiais didáticos pelas editoras.

O congresso aconteceu no Edifício Histórico da Universidade de Barcelona, localizado ao lado da praça da universidade, que dá acesso à linha de metro.  Um prédio muito bonito, com uma arquitetura de estilo românico concluído em 1889. Fiquei hospedado em um hostel próximo a Universidade e compartilhei um quarto com mais três pessoas. Duas meninas polacas e um argentino. Foi uma experiência agradável em que discutimos sobre vários assuntos como: músicas, estereótipos sociais e compartilhamos nossas descobertas sobre a cidade. Silvia e Violeta estudam na Espanha, em outra cidade que eu já esqueci, elas estudam idiomas também. Lautaro é um argentino de Córdoba que trabalha e estuda arquitetura na cidade de Valencia. Compartilhamos o mesmo quarto e o mesmo idioma, e foi por essas conversas noturnas que a minha viagem foi ainda mais incrível e especial.

Barcelona, em minha limitada perspectiva de alguns dias, é cheia de lugares a se visitar e composta por uma atmosfera cultural riquíssima. Conheci diversas praças como a da Catalunha e da Espanha. Fui ao Arco do triunfo e passei pelos parques da Ciutadella e Güell. Encontrei na Sagrada Família uma igreja que não conseguia parar de admirar. Conheci alguns museus, dentre eles o museu de história da Catalunha, o museu marítimo e o museu nacional de arte da Catalunha. Passei na frente da Casa Batló, La Pedrera e do teatro nacional. Enfim foram diversos lugares que consegui registrar em algumas fotos que ficarão comigo para que eu não perca a memória dessa viagem incrível.


P.S.: Encontrei Botero em Barcelona. O Gato, uma escultura do artista colombiano, na Rambla del Raval e o Cavalo no terminal 2 do aeroporto El Prat. Barcelona é uma galeria em céu aberto que encontrei Miró no chão, em esculturas. O grafite de Heith Haring nos fundos do Museu de Arte Contemporanea de Barcelona (MACBA). Picasso na parede, ao entrar no bairro Gótico e outras artes que fica difícil descrever em um despretensioso P.S..

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