segunda-feira, 24 de abril de 2017

Olá, pessoal Por aqui faz uma tarde de sol amena, por enquanto não temos dias muito calorosos, mas o efeito do sol continua progressi...

Olá, pessoal

Por aqui faz uma tarde de sol amena, por enquanto não temos dias muito calorosos, mas o efeito do sol continua progressivamente a aumentar. As noites são frias, devido ao vento sorrateiro, e ainda não é possível abandonar o casaco ao sair.

O restaurante universitário de Santiago, ao lado da biblioteca, continua em reforma e tenho almoçado no refeitório do Crastro, depois da ponte. É por volta do meio dia que sinto mais a presença “calorosa” do sol e quando volto para a casa.

A postagem de hoje é para mostrar a vocês um exemplo de composição em espanhol. 

Tenho essa cadeira duas vezes por semana e confesso que cada dia que passa, menos sei das coisas. Sabe aquela famosa frase, atribuída ao Sócrates, “Só sei que nada sei”? Pois bem, ao estudar vejo que o meu espanhol mal sustenta uma conversa informal e é capaz de produz um texto de baixa complexidade linguística. 

Mas não há problema, como todo mundo, vamos pouco a pouco aprendendo. Por isso, você que está lendo isso e talvez pense o mesmo em relação às matérias da faculdade, não desista! Estamos juntos! Vamos respirar... Persistir e avançar.

Fora-nos proposto dois temas, eu escolhi o primeiro. Segue abaixo a proposta dada pela professora:

Escoge uno de los temas siguientes para realizar una composición sobre el mismo:
1.     Los árboles, las plantas, el aire, los ríos, los mares… ¿Qué nos dirían si pudieran hablar? Escribe una carta a la humanidad en su nombre.
2.     Escribe la carta que Tarzán envía a un amigo contándole que ha decidido abandonar la selva, le cuenta qué ocurrió, los problemas que tiene, las causas de esos problemas, las consecuencias para las personas, animales y plantes que allí viven, etc.

A partir de agora deixo o texto com vocês, espero que gostem. Um abraço e até a próxima semana.

Aveiro, 23 de marzo de 2017.
 

Querida humanidad:

             Te escribo con respeto a nuestra relación de interdependencia a lo largo de tantos siglos. Me llamo Rio y soy neozelandés. Aprovecho el marco histórico que me has ofrecido para usar mis atribuciones como una entidad viva y personalidad jurídica para insistir en la idea de preservación que te toca a ti, a mí y a toda la naturaleza. Creo que es por esa distinción que me eligieron el portavoz de esa pequeña carta, amigable y personal.

           
                    Es probable que no sepas que soy el único río con esa capacidad de autonomía por eso me toca sugerirte la lectura de una noticia que salió en el periódico “tvi24”[i] para que te aclares sobre el tema. El parlamento neozelandés aprobó un proyecto de ley que me reconoce como persona, es decir que a partir de eso tendré los mismos derechos legales que cualquier tipo humano.

                Para no usar artificios legales solicitando inmediatamente la preservación de toda la naturaleza por obligación y cumplimiento de las leyes, ofrezco una oportunidad para hablar de cómo podremos juntos resolver este dilema que se desarrolla desde hace siglos. Considero que ha empeorado mi situación, con más intensificación, después de la gran revolución industrial, que para ti fue increíble y revolucionaria, pero para nosotros – la naturaleza, se convirtió en una manera de elevar el agotamiento de nuestras energías y extinción de grandes partes que componen nuestras células ambientales en el gran organismo vivo que vino antes de ti.

                Considero que no es necesario hablar de todo lo que nos hiciste de perjudicial hasta hoy, es tan evidente que algunos humanos hacen proyectos como este y marchan en las calles, hacen campañas ecológicas a fin de ayudarnos teniendo en cuenta el gran problema que nos asoma.

                Es cierto que estás enferma, ¡lo siento! Veo que a cada rincón enfrentas los problemas sociales, económicos y políticos por todo el globo, pero no es justificable agotarnos así hasta la extinción, pido por medio de esa carta una tregua. Sé que es imposible terminar así de pronto, pero insisto que debes hacer planes para poco a poco dejar de explotar, contaminar y extirpar nuestro hogar, nuestras casas, nuestro mundo.

                Finalizo esta carta con las mayores ganas que resuelvas tus problemas humanos y que nunca olvides que nos toca a nosotros a vivir en perfecto equilibrio y que nunca nos pasó la idea de ser enemigos. Aprovecho para saludarte con las flores de la estación más bella y colorida del año – la primavera, que ha llegado el 20 de marzo al hemisferio norte.

                Seguimos en contacto,
Rio.



[i] ESTE RIO É CONSIDERADO UMA PESSOA. Tvi24 - Portugal, 16 mar. 2017. Disponível em: <https://goo.gl/xBMzhS>. Acesso em: 23 mar. 2017.

P.S.: As fotos que ilustram esta postagem representam as aventuras de um menino em busca de dias ainda mais felizes, como comer pastel em uma feira na cidade do Porto, visitar a praia da Barra e contemplar o caminho arborizado até a universidade.

domingo, 16 de abril de 2017

Olá, pessoal. Como vocês devem ter reparado acabaram as postagens sobre as aulas, nas últimas semanas escrevi sobre as seis disciplin...

Olá, pessoal.

Como vocês devem ter reparado acabaram as postagens sobre as aulas, nas últimas semanas escrevi sobre as seis disciplinas que estou cursando esse semestre e espero que tenham gostado. 

A postagem de hoje será sobre as atividades extracurriculares que participei durante esse tempo que estou por aqui. Escolhi algumas delas para que vocês tenham uma ideia como é a vida fora da universidade e as oportunidades que, relacionado ao meio acadêmico, consegui realizar.

Aconteceu nos dias 10 e 11 de março de 2017 o 22.os Encontros Luso-galaico-brasileiros do Livro Infantil e Juvenil na Escola Superior de Educação no Porto. (O Porto é uma cidade próxima a Aveiro, uma hora de comboio e o preço da passagem geralmente 3,50 Euros). Foram dois dias muito interessantes em que pude conhecer professores brasileiros, galegos e portugueses falando sobre o livro infantil e juvenil. Para não encher essa postagem com detalhes, vou deixar aqui o programa em PDF, assim vocês podem conferir com mais detalhes os temas do encontro.

Aconteceu no dia 27 e 28 de janeiro na Universidade de Barcelona, Espanha, o congresso de formação de professores de língua estrangeira.  A 1ª. Jornada de Formação para Professores de Idiomas teve como tema norteador: Aprender del pasado y enseñar hacia el futuro. Nesse congresso tive a oportunidade de ouvir uma apresentação em catalão, que confesso não entendi quase nada, mas foi muito interessante à oportunidade de ouvir um nativo falar nesse idioma e com base nos slides deu para entender o processo de evolução do ensino de língua estrangeira, ainda que só um pouquinho. Escrevi uma postagem sobre essa experiência mais detalhadamente, clique aqui e reveja.

Outra oportunidade muito interessante foi à participação do Simpósio de Literatura Juvenil dos dois lados do Atlântico que aconteceu na Universidade de Aveiro com a participação da professora doutora brasileira Diana Navas e a escritora portuguesa Ana Pessoa. Esse simpósio foi dividido em duas partes, a primeira parte a professora Diana nos falou sobre o livro escrito a quatro mãos com a também professora Ana Margarida Ramos, que traz um panorama comparativo da literatura juvenil do Brasil e de Portugal, da primeira década e meia do século XXI e outras muitas contribuições. Deixo aqui um link para que vocês possam pesquisar. A segunda parte do Simpósio contou com a fala da escritora portuguesa Ana Pessoa que falou um pouco sobre a sua vida de escritora e sua última obra, o livro: Mary John.

Para não estender muito esta postagem vou colocar aqui os eventos que participei e convido vocês a comentarem se gostariam de saber de mais algum, assim posso fazer uma postagem sobre eles. 




Bom, pessoal é isso! Postagem curta, “facim” de ler, visto que a última foi um pouco grande, prometo “falar” menos. (Haha...) Feliz páscoa, boa semana e até a próxima.

P.S.: No corpo do texto há links que poderão ajudá-los a conhecerem ainda mais sobre os assuntos. (Eles são um pouco tímidos, mas estão em cores diferentes. 😜)

segunda-feira, 10 de abril de 2017

Começo este texto advertindo o que aqui escreverei reflete a minha perspectiva, sendo assim, espero que conceba essa leitura a partir de ...

Começo este texto advertindo o que aqui escreverei reflete a minha perspectiva, sendo assim, espero que conceba essa leitura a partir de uma visão limitada e condicionada a uma única vivência.

Posto essa observação em evidência, inicio dizendo que esse tempo que tenho estado por aqui, Aveiro, Portugal, tem contribuído muito para o meu alargamento linguístico e a minha percepção de mundo.  Essa experiência me trouxe a oportunidade de conhecer diversas variantes do português falado por nativos e não nativos. Ouvi chineses, russos, portugueses, espanhóis, colombianos, polacos, só para falar de alguns, há outros, mas não vale a pena enumerá-las exaustivamente aqui, já dá para ter uma noção que são diversas abordagens linguísticas, né?

Este texto será pautado pelo léxico, as palavrinhas diferentes que usamos para dizer a mesma coisa. Embora pareça fácil, nem sempre soa da mesma maneira. Tenho a felicidade de conviver com pessoas muito solícitas e divertidas, prontas a repetir, a achar graça sempre e a explicar em seguida. Também me proponho a fazê-lo e gosto muito dessa “brincadeira”.

Vamos lá, começando...

Aprendi a ouvir com mais atenção às expressões e adotar, mentalmente, a correspondência da variante brasileira para entender melhor o interlocutor. Agora está a fluir sem grandes problemas. Não faz mal em ouvir que determinada palavra é estranha ou se calhar nunca a ouviram. Coube a mim a curiosidade de entender que as influências africanas em nossa variante são mais evidentes que eu pensava. Quando eu ouvi, pela primeira vez: “O seu rabo está sujo” confesso que foi bem estranho, mas não me espanta mais. É algo do tipo: “A sua bunda está suja”. Na Universidade há muitas árvores, grandes e pequenas, gosto mundo de sentar embaixo delas, na grama, esperando o vento passar dando boleia (carona) aos minutos do dia.

O pouco, ou quase inexistente, uso do gerúndio e o constante uso da segunda pessoa do singular (tu) são impressionantes no começo, soa até mais formal, mas isso já é algo muito comum no meu cotidiano. Se eu uso você, alguns dizem que posso tratar por tu, afinal o pronome você é um tratamento muito formal, eles dizem: “Tu estás a chamar-me de velho?” Imaginem? É muita piada (engraçado).

Pois! Gosto também do “pois” para nós equivale ao: “Sim, verdade, claro, lógico...”. Usam para dizer claro que sim, ou claro que não, ai fica: Pois sim, pois não. Para entender melhor: “Posso usar a sua chávena?” eu digo: “Pois” e está tudo resolvido, entendido. A chávena dos meus amigos é igual a minha xícara, mas quando falo xícara alguns dizem: “Que palavra velha!” Oxê! Como assim? Palavra velha? É engraçado. Ah, engraçado é interessante, aqui, se calhar, a professora pode dizer que o seu texto está engraçado e você ficar sem perceber, afinal o entender é perceber.

Aqui se magoa quando cai e se sofre algum tipo de escoriação está aleijado. Muito louco, não? Construo na minha cabeça as equivalências: Magoar – Machucar, ficar roxo, bater; Aleijar – Cortar. Aqui o caqui se chama dióspiro. Por favor, procure o nome científico do caqui, se calhar tu entenderas o motivo de chamá-lo assim por aqui. Ah, se calhar é o nosso talvez, também tem talvez, mas o se calhar impera.

Para a semana é o mesmo que para a próxima semana. Zona é lugar, fixe é legal, giro é bonito. “Apetece-te gelado?”, “a sério?”, algo como “Ce gosta de sorvete? – Você quer sorvete? – Você gosta de sorvete?”, “Tá de zoeira? – Sério? – Sérião?”.

Na altura (no começo) aconteciam muitos risos, mas agora é tão natural que nem tem mais piada (graça). E olha que não estou a falar (falando) sobre a pronúncia e os acentos gráficos, algumas palavras apresenta silaba tônica em outra parte (Como é o caso de Madagascar e cocô) e é comum a troca do acento circunflexo pelo agudo (Como António).

Não atribuem sentido quando digo: “Nossa, que catinga. Meu G zuis que fedô!” quando esquecem algum comida na geladeira, é normal dizer isso, ou quando eu digo: “A dona Pureza irá xingar a gente” eles me olham com uma cara de interrogação e eu repito a proposição com uma paráfrase mais adequada: “A dona Pureza vai ralhar connosco, (Sim, com 2 N, de arrepiar, não?) vai falar mal”. (A dona Pureza é uma senhora que vem aqui na residência todas as segundas-feiras para fiscalizar, advertir... às vezes é simpática).

Compartilhamos quase tudo nessa residência universitária. O comando (controle remoto), o frigorífico (a geladeira), o estendal (varal) e várias outras coisas como as noites na sala de estudo e até algumas inseguranças acadêmicas. 

Temos que deitar (jogar) fora o lixo sempre quando está cheio, no nosso condomínio há um lugar que temos que levar os sacos lá, é como uma lixeira gigante comunitária.

Ouço muito o “estou cheio de...” no lugar do nosso “estou com...”, portanto escuto: “estou cheio de fome, de saudade...” e imagino “Estou com fome, saudade”.

Aqui toda a gente faz, ao invés de: todo mundo faz. Como vai é uma pergunta que sempre gera dúvidas, um amigo meu sempre diz: “Soa estranho!” e eu pergunto: “Como eu digo então?” ele sorri e diz: “Ah... Diz: Tudo bem? Estas bom” Não acho algo tão diferente assim.

A nossa pergunta habitual: Oi? (No sentido de não entendi o que você quer dizer, poderia repetir) não é algo que eles atribuem sentido rapidamente e um amigo meu até confidenciou que o irrita (Hahaha... eu acho isso tão engraçado). Portanto o nosso “Oi?” é substituído por “Não percebi”.

Espero que vocês não tenham ficado muito confusos com este texto. Eu gosto muito dessas diferenças e me divirto com elas, pelo visto não sou apenas eu, os amiguinhos também acham muita piada.

Bom, pessoal é isso! Boa semana e até a próxima.

segunda-feira, 3 de abril de 2017

Olá, pessoal. Escrevo em uma tarde de segunda-feira, o sol ainda não se foi e já passa das 18h. Aqui o entardecer é mais tarde e a pr...

Olá, pessoal.

Escrevo em uma tarde de segunda-feira, o sol ainda não se foi e já passa das 18h. Aqui o entardecer é mais tarde e a primavera aquece os dias cautelosamente. Gosto muito de ver as árvores se enchendo de folhas verdes, o céu azul limpo e a ria cheia de moliceiros e turistas nos finais de semana.

As provas chegaram e com elas aquele "medinho" característico de nós estudantes. Na sexta-feira foi de Cultura Portuguesa I, um teste com cinco questões abertas. Tenso! E hoje foi a vez de Linguística Portuguesa III com dez questões e três páginas de pura semântica.

Hoje escrevo para falar um pouco da disciplina: Temas de Literatura. Essa cadeira acontece nas manhãs de terça-feira e tardes de quarta-feira. O tema central dessas aulas é Adão e Eva e iremos analisar contos que refletem essa temática. Até agora estudamos o conto Adão e Eva no Paraíso de Eça de Queirós e a partir de amanhã iremos começar o conto Adão e Eva de Machado de Assis.

As aulas são de leitura e pausas para observações, anotamos a perspectiva do professor e fazemos alguns comentários, a classe não é muito participativa, mas em geral conseguimos adquirir uma nova perspectiva e ter uma visão diferenciada a respeito da leitura.

Vou deixar os links dos dois contos para vocês, espero que gostem de lê-los. É perceptível o reconhecimento na maneira detalhista e narrativa que o Eça adota perante a perspectiva evolucionista e criacionista, acredito que é um bom exercício quando comparamos este ao conto escrito por Machado. Das características básicas está a extensão do texto, os personagens e o humor.

Seremos avaliados por uma prova que se realizará no final do semestre, no período de testes da universidade, no mês de junho de 2017. Acredito que será um texto sobre o tema central comparando as perspectivas dos autores adotados em aula.


Bom, pessoal é isso! Boa semana e até a próxima.