Olá, pessoal
A postagem de hoje é para contar
a vocês a minha experiência como voluntário na Associação Portuguesa de Pais e Amigos do Cidadão Deficiente Mental de Aveiro – APPADM. Tudo começou quando
entrei em contato com o CUFC – Centro Universitário de Fé e Cultura da Universidade de Aveiro. Foi por intermédio da Irmã Flávia que me direcionou a
Associação.
No semestre passado tinha
demonstrado o interesse em participar de algum projeto dessa natureza, mas por
estar no final do ano e as atividades estarem concluídas não foi possível
naquela data. Durante esse tempo frequentei as atividades do CUFC e participei
da Ceia de Natal oferecida pela Universidade e pelo Centro, como contei para
vocês nesta postagem.
Em meados de março recebi um
e-mail do senhor Carlos, responsável pela associação, me perguntando sobre a
minha disponibilidade e o motivo de querer fazer parte da instituição. Agendamos uma entrevista
e conversamos, ele me esclareceu as minhas dúvidas e o solicitei uma visita à
Instituição para conhecer os meninos.
Nesse dia pude constatar a
organização, o profissionalismo e a competência desta Instituição que zela pelo
bem estar desses cidadãos. Foi nessa visita em que conversei com a psicóloga e
em seguida com os meninos.
Conversamos em uma sala grande,
em volta de uma mesa larga em que cada um se apresentou e demonstraram abertos
a me receber. Eu confesso que estava nervoso, sorria sempre envergonhado e
suava as mãos. Os meninos foram muito amáveis e me disseram que iriam me
ajudar. Agradeci a todos e comecei a frequentar a associação no dia 7 de abril,
em uma sexta-feira.
As atividades ocorreram durante três
meses em que estive em contato com uma realidade diferente do que eu estava
acostumado. Durante esse tempo aprendi muitas coisas, difícil de enumerá-las,
mas entre elas posso dizer que aprendi a observar melhor as pessoas, a me
reconhecer, a ser mais empático, a dar mais valor ao trabalho de suporte das
pessoas que estão nos “bastidores”.
Fui tratado com muito carinho por todos
eles, pelas funcionárias e pelo senhor Carlos. Foram atenciosos às minhas
solicitações e eu sempre perguntava se estava tudo bem, se eu estava fazendo um
bom trabalho. Estava sempre preocupado, pois não sabia ainda que o simples é
fazer com amor aquilo que gostaria que fizesse por nós.
Caminhamos pelas tardes antes do
anoitecer, pintamos com lápis de cor e canetinhas, lemos histórias, assistimos filmes engraçados
e de velocidade, cochilei no sofá algumas vezes, fizemos bonecos de massinha,
jantamos juntos, jogamos cartas, fomos ao cinema e o mais importante: tornamo-nos
amigos, cúmplices, irmãos.
A última sexta-feira foi a minha
despedida e com ela fizemos um grande balanço. Percebemos que a vida passa
muito rápido e que nem eles e tampouco eu percebemos que já havia chegado o
final do semestre, o dia da minha partida.
Ganhei de lembrança um livro do
Egito, fotos autografadas, desenhos de uma página inteira, e uma despedida sentida
e saudosa, com votos de felicidade e compromisso de um futuro regresso, em meio
a abraços e lágrimas.
Espero que no próximo semestre os
meninos encontrem um novo voluntário e espero também que esse voluntário seja
melhor que eu, pois sempre desejamos o melhor aos nossos amigos. Pensando nisso,
escrevo aqui uma pequena “boas-vindas” ao novo voluntário:
Querido amigo:
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