segunda-feira, 10 de outubro de 2016

autor: Universidade de Aveiro copyright: Universidade de Aveiro Olá, pessoas. A semana por aqui foi rotineira, entre estu...

As diferenças linguísticas

2 comentários :
 

autor: Universidade de Aveiro
copyright: Universidade de Aveiro
Olá, pessoas.

A semana por aqui foi rotineira, entre estudos e obrigações domésticas, passeios pela cidade e conversas com meus novos amigos. Como é sabido por todos, frequento aulas em várias turmas, pois estamos cursando disciplinas soltas sem uma turma específica. Desta forma, ainda que superficialmente pude conhecer várias pessoas, o que é muito bom.

O tempo está mudando por aqui, o sol não é tão mais quente e a noite sempre chega com uma leve névoa que se intensifica perto das 20h e permanece até por volta das 9h. Vou à universidade de bicicleta e é natural chegar lá meio úmido e com as mãos muito frias. 

O entardecer é muito bonito e é frequente ver o pessoal tomando sol nas escadas enquanto conversam com outros colegas. Estou tomando mais café, pois todo intervalo de aula é uma oportunidade para me reunir com algum colega e esperar a próxima aula saboreando um “abatanado”. O café aqui é mais barato, ao menos na nossa cantina, e sempre há algum amigo que se oferece para pagar o meu, me fazendo ainda mais feliz.

Falando em aulas, elas são bem dinâmicas e há bastante trabalho de casa. Na próxima terça-feira, apresento o meu primeiro trabalho. Terei entre 10 e 15 minutos para falar sobre variação linguística diatópica e também, nesse dia, serão abordadas as diferenças entre o português falado no Brasil e em Portugal com relação a esse tema. Um trabalho gostoso de fazer, pois estou aprendendo ainda mais sobre as nossas diferenças linguísticas e compartilharei meus conhecimentos com a minha turma.

A cadeira de Língua Portuguesa I é obrigatória para a turma do primeiro período, portanto, faço essa disciplina com a turma iniciante. Está sendo uma experiência muito interessante. O professor dividiu a classe em grupos de duas a três pessoas e deu um tema a cada um, tudo relacionado com a variação linguística, assim poderemos conhecer as variantes da língua portuguesa no Brasil, Portugal e em outros países em que essa é a língua oficial. 

Acredito que será ainda mais interessante. Foram disponibilizados no moodle os textos de apoio que devemos seguir para nos basearmos. O professor disse: “... Não descobrirão a pólvora”, algo como: “... Vocês não inventarão a roda”, para explicar que não será solicitado que faremos algo grandioso e é para ficarmos calmos, pois é só ler os textos de apoio e explicá-los de uma forma didática, rápida e compreensiva. Ainda que ele tenha falado isso, a aproximação da data da apresentação sempre gera um friozinho na barriga.

Nessas semanas de aula se nota que, não apenas a maneira de falar é diferente, mas também o uso dos provérbios para indicar um significado semelhante. A todo o tempo sou surpreendido por palavras novas que em um primeiro momento me desatam o riso frouxo, mas depois se tornam tão comuns que não soam mais engraçado.

Uma palavra que ainda acho estranho ouvir é “rabo”. Pode parecer esquisito escrever isso aqui, mas é apenas uma palavra comum usada em Portugal para se referir a bunda.  E não tem o mesmo sentido sexual que a palavra recebe no Brasil. Calma! Deixa-me explicar. Como eu disse em postagens anteriores eu estou fazendo Ioga, um curso livre oferecido pela Universidade, e nas aulas a professora diz: “Levante o rabo e permaneça” quando ouvi isso pela primeira vez achei tão estranho, que é óbvio: não aguentei o riso. 

Aqui em casa, eu usando o short da UFTM que está escrito meu nome atrás, um chinês me disse: “Angelo, o seu rabo tem um nome”. Hahaha... Imagina a minha cara, mas como eu já sabia eu sorri e disse: “Ah, sim. É meu nome, esse é um short da universidade que eu estudo no Brasil”.

Então, esse é apenas um exemplo das variantes linguísticas daqui e daí. A palavra “bunda” tem origem africana, assim como “Abadá”, “Cachaça”, “Miçanga” e inúmeras outras palavras.  Foi trazida pelos negros originados da África quando chegaram ao Brasil Colônia por meio do tráfico negreiro. Agora entendo o motivo dessa palavra não existir por aqui.

Amanhã tenho aulas de Linguística Textual, Espanhol III, Inglês e Yoga. Nas aulas de LT terminamos de ver os sete fatores de textualidade e agora estamos vendo a linguagem da notícia.

As aulas de Espanhol estão sendo um desafio, pois são muitos exercícios e leituras. Temos que escolher um livro entre duas opções, assistir um documentário para uma avaliação oral e produzir pequenos textos para a avaliação escrita. Isso sem contar os exercícios diários mais as duas avaliações do semestre. Às vezes me desespero e penso que não vai dar tempo. É um sentimento que todos nós conhecemos, mas, então, lembro-me de que sempre consigo cumprir os prazos, então fico mais tranquilo.

No inglês estou indo bem, mas ainda mantenho a minha cara de desespero quando chega a minha vez de falar. Estou gostando do curso é um desafio cotidiano, aumentar o léxico e tentar pensar em inglês.

As aulas de ioga estão cansativas, eu nunca pensei que ficaria tão cansado ao fazer aquelas permanências. Porém, é muito gratificante chegar em casa após a aula e poder dormir melhor e não me sentir culpado por estar sedentário.

Bom, pessoal é isso.

Até a próxima.

PS.: Veja mais fotos da universidade, clicando aqui.

2 comentários :

  1. Que bom, Angelo!! Depois quero saber os textos das aulas de variacao! As aulas de yoga sao na UA? Boa semana!

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  2. Olá, professora!
    Certinho. Sim, as aulas de ioga são na UA, são às segundas e quarta-feiras, das 20h45 às 22h. Boa semana.

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