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Universidade de Aveiro
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Universidade de Aveiro
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A semana por
aqui foi rotineira, entre estudos e obrigações domésticas, passeios pela cidade
e conversas com meus novos amigos. Como é sabido por todos, frequento aulas em
várias turmas, pois estamos cursando disciplinas soltas sem uma turma
específica. Desta forma, ainda que superficialmente pude conhecer várias
pessoas, o que é muito bom.
O tempo está
mudando por aqui, o sol não é tão mais quente e a noite sempre chega com uma
leve névoa que se intensifica perto das 20h e permanece até por volta das 9h.
Vou à universidade de bicicleta e é natural chegar lá meio úmido e com as mãos
muito frias.
O entardecer é muito bonito e é frequente ver o pessoal tomando
sol nas escadas enquanto conversam com outros colegas. Estou tomando mais café,
pois todo intervalo de aula é uma oportunidade para me reunir com algum colega
e esperar a próxima aula saboreando um “abatanado”. O café aqui é mais barato,
ao menos na nossa cantina, e sempre há algum amigo que se oferece para pagar o
meu, me fazendo ainda mais feliz.
Falando em
aulas, elas são bem dinâmicas e há bastante trabalho de casa. Na próxima
terça-feira, apresento o meu primeiro trabalho. Terei entre 10 e 15 minutos para
falar sobre variação linguística diatópica e também, nesse dia, serão abordadas
as diferenças entre o português falado no Brasil e em Portugal com relação a
esse tema. Um trabalho gostoso de fazer, pois estou aprendendo ainda mais sobre
as nossas diferenças linguísticas e compartilharei meus conhecimentos com a
minha turma.
A cadeira de
Língua Portuguesa I é obrigatória para a turma do primeiro período, portanto,
faço essa disciplina com a turma iniciante. Está sendo uma experiência muito
interessante. O professor dividiu a classe em grupos de duas a três pessoas e deu
um tema a cada um, tudo relacionado com a variação linguística, assim poderemos
conhecer as variantes da língua portuguesa no Brasil, Portugal e em outros
países em que essa é a língua oficial.
Acredito que será ainda mais
interessante. Foram disponibilizados no moodle os textos de apoio que devemos
seguir para nos basearmos. O professor disse: “... Não descobrirão a pólvora”,
algo como: “... Vocês não inventarão a roda”, para explicar que não será
solicitado que faremos algo grandioso e é para ficarmos calmos, pois é só ler
os textos de apoio e explicá-los de uma forma didática, rápida e compreensiva.
Ainda que ele tenha falado isso, a aproximação da data da apresentação sempre
gera um friozinho na barriga.
Nessas semanas
de aula se nota que, não apenas a maneira de falar é diferente, mas também o
uso dos provérbios para indicar um significado semelhante. A todo o tempo sou
surpreendido por palavras novas que em um primeiro momento me desatam o riso
frouxo, mas depois se tornam tão comuns que não soam mais engraçado.
Uma palavra que
ainda acho estranho ouvir é “rabo”. Pode parecer esquisito escrever isso aqui,
mas é apenas uma palavra comum usada em Portugal para se referir a bunda. E não tem o mesmo sentido sexual que a palavra
recebe no Brasil. Calma! Deixa-me explicar. Como eu disse em postagens
anteriores eu estou fazendo Ioga, um curso livre oferecido pela Universidade, e
nas aulas a professora diz: “Levante o rabo e permaneça” quando ouvi isso pela
primeira vez achei tão estranho, que é óbvio: não aguentei o riso.
Aqui em casa,
eu usando o short da UFTM que está escrito meu nome atrás, um chinês me disse:
“Angelo, o seu rabo tem um nome”. Hahaha... Imagina a minha cara, mas como eu
já sabia eu sorri e disse: “Ah, sim. É meu nome, esse é um short da universidade
que eu estudo no Brasil”.
Então, esse é
apenas um exemplo das variantes linguísticas daqui e daí. A palavra “bunda” tem
origem africana, assim como “Abadá”, “Cachaça”, “Miçanga” e inúmeras outras
palavras. Foi trazida pelos negros
originados da África quando chegaram ao Brasil Colônia por meio do tráfico
negreiro. Agora entendo o motivo dessa palavra não existir por aqui.
Amanhã tenho
aulas de Linguística Textual, Espanhol III, Inglês e Yoga. Nas aulas de LT
terminamos de ver os sete fatores de textualidade e agora estamos vendo a
linguagem da notícia.
As aulas de
Espanhol estão sendo um desafio, pois são muitos exercícios e leituras. Temos
que escolher um livro entre duas opções, assistir um documentário para uma
avaliação oral e produzir pequenos textos para a avaliação escrita. Isso sem
contar os exercícios diários mais as duas avaliações do semestre. Às vezes me
desespero e penso que não vai dar tempo. É um sentimento que todos nós
conhecemos, mas, então, lembro-me de que sempre consigo cumprir os prazos,
então fico mais tranquilo.
No inglês estou
indo bem, mas ainda mantenho a minha cara de desespero quando chega a minha vez
de falar. Estou gostando do curso é um desafio cotidiano, aumentar o léxico e
tentar pensar em inglês.
As aulas de ioga
estão cansativas, eu nunca pensei que ficaria tão cansado ao fazer aquelas
permanências. Porém, é muito gratificante chegar em casa após a aula e poder
dormir melhor e não me sentir culpado por estar sedentário.
Bom, pessoal é
isso.
Até a próxima.
PS.: Veja mais fotos da universidade, clicando aqui.
Que bom, Angelo!! Depois quero saber os textos das aulas de variacao! As aulas de yoga sao na UA? Boa semana!
ResponderExcluirOlá, professora!
ResponderExcluirCertinho. Sim, as aulas de ioga são na UA, são às segundas e quarta-feiras, das 20h45 às 22h. Boa semana.